CRISE
Divulgação
Mais de 600 mil assinantes cancelaram sua TV paga no primeiro semestre de 2020; crise sem fim
A TV paga no Brasil completou dois anos de baixas mensais consecutivas na base de assinantes em junho. Só no primeiro semestre, mais de 600 mil clientes decidiram cancelar o serviço. Com menos de 15,2 milhões de contratos ativos, o mercado registra seu índice mais baixo desde agosto de 2012 --na época, em movimento de ascensão.
Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o Brasil fechou o mês de junho com 15.180.313 assinantes, uma queda de 67.328 contratos em relação ao balanço do mês anterior. O breve respiro que as operadoras tiveram com as medidas de isolamento social se encerrou mesmo em abril.
A TV paga acumula quedas sucessivas desde junho de 2018, quando registrava 17.940.970 contratos ativos. Mas o mercado enfrenta uma crise sem precedentes desde setembro de 2016 --o único mês em que a base de assinantes no país passou de 19 milhões (19.012.106, para ser exato).
Nos seis primeiros meses de 2020, 605.967 clientes decidiram cortar o cabo. Isso corresponde a uma média de 3.347 assinantes a menos por dia, ou 139 por hora. Em comparação com os índices de junho do ano passado, a queda anual foi de 10%.
A luz no fim do túnel para as operadoras de TV paga, mais uma vez, parece estar nos Estados das regiões Norte e Nordeste. Apenas nas unidades federativas de lá o balanço da Anatel aponta crescimento mensal no número de contratos --mas não o suficiente para equilibrar as perdas de Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Em junho, Alagoas (2,3%), Bahia (0,7%), Maranhão (2%), Pernambuco (0,1%), Piauí (2,2%), Rio Grande do Norte (1,8%) e Sergipe (2,3%) ganharam contratos no Nordeste. Amazonas (0,1%), Amapá (2,6%) e Pará (0,3%) cresceram no Norte. No Sudeste, o Espírito Santo também registrou um discreto aumento de 0,2%, o que corresponde a mais de 400 novos contratos por lá.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.