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VOLTA DOS SHOWS

Sucesso da pandemia, lives viram 'acessório' de lucro na retomada econômica

REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY

Imagem de Marília Mendonça em entrevista ao Mais Você, da Globo

Marília Mendonça fez live de maior audiência na pandemia, com 3,31 milhões de espectadores

Durante a pandemia da Covid-19, as lives foram uma das alternativas encontradas pelo mundo do entretenimento para manter os artistas na ativa. No entanto, com a retomada econômica, estes shows digitais passarão por mudanças e representarão uma nova possibilidade de lucro ao setor, que se encontra animado para a volta presencial das atividades.

"Um ano atrás, eu diria: 'Nossa, as lives vão bombar, estão bombando'. Elas tiveram um momento de glória e vieram para ficar, mas este não será o principal ganha-pão dos artistas e das empresas de entretenimento. A nossa expectativa é que shows ao vivo e o futebol nos estádios voltem, e voltem bem", adianta Jefferson Alves, sócio da PwC Brasil, para o Notícias da TV.

A análise do especialista vem alinhada com os números apresentados pela 22ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia. O estudo aponta que esta fatia do mercado brasileiro deve crescer 4,7% até 2025, quando movimentará US$ 38 bilhões (R$ 197 bilhões). Assim, o setor musical encontrará um respiro, tendo em vista que os shows apresentaram uma queda de 77% em 2020.

Em abril de 2020, a live de Marília Mendonça conquistou a maior audiência registrada por estas apresentações no YouTube. Simultaneamente, mais de 3,31 milhões de pessoas assistiram à apresentação virtual.

Em 2025, a bilheteria dos shows deverá representar 17% dos gastos dos brasileiros com entretenimento, um dos sinais da recuperação deste setor, número alinhado com as atuais projeções que apontam o retorno do público aos eventos presenciais nos próximos anos. 

"Você vai pela emoção, pelo sentimento, pela experiência como um todo. Se você quiser ver um show, você vê pela televisão muito melhor do que se estivesse ao vivo. Essa questão da experiência não será substituída por uma live ou por um canal de TV. Por outro lado, tenho clientes de entretenimento que falam que as lives seguirão existindo. Elas serão um meio de monetização adicional e, neste primeiro momento, muito importante", reforça Alves.

O profissional explica que um dos seus clientes conseguiu reabrir um espaço físico em outubro de 2020. O local tem capacidade para mil pessoas. "Ele conseguiu a liberação para 300 pessoas, mas não chegou a 80 [pagantes]. Agora, mesmo com as últimas liberações, ele continua com a limitação para 300, 350 pessoas, pois sabe que não vai chegar", detalha ele. Desde agosto de 2021, estabelecimentos como bares e restaurantes podem funcionar sem restrições de horário e capacidade de ocupação na cidade de São Paulo (SP).

Com isso, o que ele faz? Também transmite ao vivo esse show, para quem quiser conferir em casa, a pessoa paga um preço menor na live e assiste. Por exemplo, você poderá pagar o show presencial, o show presencial e um código para assistir em casa, ou só o digital. É uma tendência, mas o forte ainda vai ser o presencial no futuro.

Estas projeções também animam o mercado financeiro. Por R$ 100 milhões, Gusttavo Lima já vendeu toda a sua agenda de shows de 2022 para o fundo de investimentos Four Even. A XP Asset também adotou uma estratégia similar e captou R$ 260 milhões em um fundo que investirá nas apresentações de Daniel, Leonardo, Alexandre Pires, Bruno & Marrone, entre outros cantores.


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