EMPRESA REFORMULADA
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Luan Santana trocou a Som Livre pela Sony Music; a multinacional comprou a gravadora da Globo
A Globo Comunicação e Participações S.A., nome da empresa que comanda as marcas do Grupo Globo, anunciou na quinta-feira (1º) que a Som Livre não faz mais parte do conglomerado da família Marinho. A gravadora foi vendida para a Sony Music Entertainment em um negócio de R$ 1,43 bilhão (cerca de US$ 255 milhões). Mas por que a companhia brasileira decidiu fazer a venda?
O principal motivo é o processo de transformação da empresa, com o projeto Uma Só Globo. Um dos objetivos dessa reformulação era implementar o modelo D2C --sigla em inglês que significa direto para consumidor, que cuida da produção até a entrega ao cliente final.
Essa estratégia, que é pautada em engajamento e assinantes, não inclui o trabalho de uma gravadora. Em novembro do ano passado, a Globo anunciou ao mercado que havia colocado a Som Livre à venda.
"A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C", defendeu Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo, em comunicado na ocasião.
A dificuldade em manter em seu portfólio contratos com artistas populares (e caros), como Gusttavo Lima, Luan Santana e Marília Mendonça, também pesou na decisão de se desfazer da empresa que trabalha com música.
Em 2019, o dono do hit Balada mudou de gravadora em uma transação milionária: ele saiu da Som Livre e assinou justamente com a Sony Music. A decisão do sertanejo causou uma crise entre ele e a Globo, com boicote de ambas as partes.
No início de 2021, foi Luan Santana quem fez o mesmo caminho de Gusttavo Lima, mas de uma forma mais amigável. Afinal, a gravadora brasileira já estava em processo de venda para a multinacional.
O preço de R$ 1,43 bilhão (cerca de US$ 255 milhões) da compra foi informado pela Sony Music para a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos), agência federal que atua na regulamentação e controle dos mercados financeiros. Para o acordo ser concretizado, é necessária a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A Som Livre foi criada em 1969 para a elaboração de trilhas sonoras das produções da Globo e revelou nomes como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos. Atualmente, é a terceira maior gravadora que atua no Brasil, atrás das multinacionais Sony e Universal, mas à frente da Warner.
A nova dona da gravadora não vai acabar com a marca e manterá Marcelo Soares como CEO. "A Som Livre se tornará um centro criativo independente dentro da Sony Music que continuará a contratar, desenvolver e promover seu próprio elenco de talentos, e fornecer uma ampla gama de serviços à comunidade musical brasileira", explicou a empresa, em comunicado.
Atualmente, a Som Livre tem contratos com artistas consagrados, como Marília Mendonça, Jorge & Mateus, Wesley Safadão, Lexa, e estrelas em ascensão, como Israel & Rodolffo, Dudu MC, Filipe Ret e Grupo Menos É Mais.
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