ACORDO DE PAZ
FÁBIO ROCHA/TV GLOBO
Gusttavo Lima em edição de 2018 do SóTocaTop, da Globo: cantor e emissora resolveram treta
A paz entre Gusttavo Lima e Globo será selada de vez no último dia de 2020, quando o sertanejo se apresentará ao vivo no Show do Virada. O cantor e a emissora romperam no ano passado, quando ele trocou a gravadora Som Livre, que pertence ao Grupo Globo, pela Sony. Mas por que essa relação foi reatada agora?
O movimento de proximidade entre as duas partes estava ganhando força nos últimos meses, e notícia sobre a presença de Gusttavo Lima no Réveillon da Globo saiu na mesma semana em que a empresa anunciou que a Som Livre está à venda. Ou seja, a principal razão para o rompimento deixou de existir.
Em 2019, o sertanejo mudou de gravadora em uma transação milionária. Desde o fim de 2018, ele e o Grupo Globo (TV aberta e TV paga) já tinham iniciado uma espécie de troca de boicotes: os sucessos do cantor não eram divulgados nas plataformas da empresa nem ele fazia questão de aparecer nos programas da casa.
No ano passado, poucos meses depois de deixar a Som Livre, o sertanejo simplesmente não apareceu no Prêmio Multishow e acabou derrotado por Dilsinho como melhor cantor do ano. Já em 2020, o ex de Andressa Suita venceu o prêmio do canal por assinatura.
Mesmo sem divulgação da principal emissora do país, Gusttavo Lima se manteve como um fenômeno nas redes sociais, foi o precursor das lives cinematográficas na quarentena brasileira e é contratado por empresas para fazer apresentações online semanalmente.
Superada a mágoa entre ele e a Globo, o cantor deve voltar a ser presença mais frequente nas atrações da empresa e de suas respectivas plataformas.
Já em 31 de dezembro, a Globo e o Multishow vão exibir um Show da Virada diferente, ao vivo e inédito. Direto do Forte São Marcelo, em Salvador, Gusttavo Lima estará ao lado de Ivete Sangalo no palco. Os artistas farão a apresentação especial sem a presença do público por conta da pandemia.
Na quarta-feira (18), o Grupo Globo anunciou que iniciou estudos para vender a Som Livre. Segundo a empresa, apesar de a gravadora ser um negócio rentável e ter se consolidado como a terceira maior do setor no Brasil, essa é uma estratégia que já era pensada.
Um dos problemas é justamente a dificuldade em manter contratos com artistas populares (e caros), como Gusttavo Lima.
"A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C [direto ao consumidor, que cuida da produção até a entrega ao consumidor final]", defendeu Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo, em comunicado.
A Som Livre foi criada em 1969 para a elaboração de trilhas sonoras das produções da Globo e revelou nomes como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos. Atualmente, é a terceira maior gravadora que atua no Brasil, atrás das multinacionais Sony e Universal. Ainda não há uma previsão de quando a empresa será vendida de vez.
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