NEGÓCIO FECHADO
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Marília Mendonça é uma das artistas com contrato com a Som Livre; a gravadora agora é da Sony
Nesta quinta-feira (1º), a Globo anunciou que vendeu a Som Livre para a Sony Music Entertainment. A gravadora do grupo estava no mercado desde novembro do ano passado. O conglomerado estrangeiro vai desembolsar R$ 1,43 bilhão (cerca de US$ 255 milhões) para adquirir a empresa. Para o acordo ser concretizado, é necessária a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
O preço da compra foi informado pela Sony Music para a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos), agência federal que atua na regulamentação e controle dos mercados financeiros.
A Som Livre foi criada em 1969 para a elaboração de trilhas sonoras das produções da Globo e revelou nomes como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos. Atualmente, é a terceira maior gravadora que atua no Brasil, atrás das multinacionais Sony e Universal, mas à frente da Warner.
A nova dona da gravadora não vai acabar com a marca. "A Som Livre se tornará um centro criativo independente dentro da Sony Music que continuará a contratar, desenvolver e promover seu próprio elenco de talentos, e fornecer uma ampla gama de serviços à comunidade musical brasileira", explica a empresa, em comunicado.
Atualmente, a Som Livre tem contratos com artistas consagrados, como Marília Mendonça, Jorge & Mateus, Wesley Safadão, Lexa, e estrelas em ascensão, como Israel & Rodolffo, Dudu MC, Filipe Ret e Grupo Menos É Mais.
O comando da gravadora também não mudará, e Marcelo Soares continuará como o CEO. "O suporte da Globo foi fundamental para o crescimento da Som Livre, sobretudo pela última década quando construímos o negócio ao que ele é hoje. Olhando para o futuro e enxergando todas as oportunidades pela frente, é muito empolgante saber que teremos a Sony Music conosco", projeta o executivo.
Além de apostar em artistas de gêneros populares no Brasil, a Som Livre é a produtora de diversos festivais, incluindo o Festeja, maior encontro da música sertaneja no país, e opera também a Fluve, uma plataforma de distribuição digital de música com foco em artistas e selos independentes brasileiros.
"Ao se juntar à Sony Music Entertainment, o consagrado elenco de artistas e autores da Som Livre terá acesso à rede global de recursos e parcerias da SME oferecendo maior alcance mundial para a comunidade criativa brasileira. Sony Music também investirá no contínuo crescimento da Som Livre, criando oportunidades expandidas para artistas brasileiros", promete a nova dona da marca.
A gravadora que pertencia ao Grupo Globo já mantinha negócios com a Sony por conta da The Orchard, empresa de distribuição digital da Sony Music que tem uma parceria com a Som Livre.
"A Som Livre produziu e lançou músicas com a Globo por mais de meio século, foi um importante capítulo na história da Globo. Nós queríamos assegurar que esse acordo preservasse tudo que a Som Livre representa para os brasileiros. Desde o início das conversas percebemos um alto nível de profissionalismo, interesse e respeito vindos da Sony Music, que fizeram dela a combinação perfeita para a Som Livre. Desejo à Som Livre e à Sony muitos mais anos de sucesso", diz Jorge Nóbrega, CEO da Globo.
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