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SERENA NA QUARENTENA

Com acervo gigante, Netflix aposta que isolamento vai afetar mais os rivais

Divulgação/Netflix

A ativista Carole Baskin dá entrevista ao programa A Máfia dos Tigres ao lado de leão enjaulado

A ativista Carole Baskin em cena da polêmica série A Máfia dos Tigres, sucesso da Netflix em 2020

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 27/4/2020 - 5h26

Com o mundo em isolamento devido à pandemia do coronavírus, a Netflix paralisou as gravações de suas séries e filmes originais e não tem previsão de quando retomará os trabalhos. A gigante do streaming, porém, ainda não está preocupada em perder assinantes por falta de conteúdo; além de ganhar clientes acima do esperado na quarentena, ela aposta que seu acervo gigante vai favorecê-la na concorrência com serviços rivais.

"Nossos competidores vão ser impactados [pela paralisação] tanto quanto nós, em termos de novos títulos para lançar. Mas, como temos uma biblioteca grande, com milhares de títulos para assistir e muitas recomendações fortes, a satisfação de nossos clientes vai ser menos impactada do que a dos nossos colegas por falta de conteúdo", especulou a empresa em carta aos seus acionistas na semana passada.

Na conversa trimestral que promove para divulgar seus resultados, os chefões da plataforma pintaram um panorama de incerteza com o futuro, já que a situação que o mundo atravessa atualmente é inédita na indústria do entretenimento. Eles, porém, ressaltaram que estão focados em seus papéis no momento atual.

"É uma tragédia para o planeta. Todos estão lutando com o que vai acontecer na saúde, na economia. Nós também não podemos prever o futuro. O que podemos fazer no momento é manter nossos servidores funcionando, ter conteúdo no ar. Nossa pequena contribuição nesse momento difícil é tentar tornar o confinamento um pouco mais tolerável", declarou Reed Hastings, CEO da empresa.

Ted Sarandos, chefe de conteúdo da plataforma, anunciou ainda que a pós-produção de várias séries continua sendo realizada, com as equipes trabalhando de suas respectivas casas. O mesmo passou a ser feito pelos desenhistas de atrações animadas. "Em questão de dias, já tínhamos salas de roteiro estruturadas de maneira remota, reuniões de pitching acontecendo virtualmente", valorizou.

Ele também informou que atrações muito esperadas para este ano não devem ser prejudicadas pelo coronavírus. "Nós trabalhamos com uma frente muito grande, para poder lançar todos os episódios da temporada de uma só vez. Então, na verdade, já estávamos na produção dos nossos lançamentos para 2021. Para dar um exemplo: a quarta temporada de The Crown já está sendo finalizada para ser disponibilizada neste ano. Não planejamos mudar nada na agenda, certamente não em 2020."

Concorrência com a Disney

Um concorrente da Netflix, no entanto, mereceu palmas dos chefões da empresa: o Disney+, lançado nos EUA no fim do ano passado e ainda inédito no Brasil. "Eu fiquei impressionado. Nunca vi algo novo ser tão bem executado. E eles conseguiram 50 milhões de assinantes em seis meses, tiro meu chapéu", falou Hastings.

O chefão também adiantou um pouco dos planos para bater de frente com o streaming do Mickey. "Vamos aumentar nosso conteúdo infantil e para a família? Pode apostar que sim. E sei que nós e eles vamos ter um trabalho incrível", elogiou.

"Outros serviços também virão por aí, o que é ótimo para o consumidor. Não há nada que possamos fazer a respeito, como também não podemos impedir o cliente de jogar videogame ou entrar no YouTube. O que podemos fazer é ter o melhor serviço possível, com execução sólida, e assim conseguiremos parte do público. Ninguém vai conseguir 100% dos assinantes. E tem funcionado bem assim. O que dizemos aqui dentro é 'não se preocupe com a concorrência, faça o seu melhor'", minimizou.


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