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Netflix dispara em assinantes na quarentena, mas dólar prejudica caixa

Divulgação/Atresmedia/Netflix

A atriz Úrsula Corberó, com casaco de couro vermelho, diante de um cofre, em foto promocional da série La Casa de Papel

A atriz Úrsula Corberó na pele da ladra Tóquio em La Casa de Papel: série espanhola ajudou Netflix

REDAÇÃO

Publicado em 22/4/2020 - 14h51

Com a população mundial isolada em suas casas devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Netflix viu seu número de assinantes disparar no mês de março. O crescimento foi acima do previsto, porém, não fez muita diferença no caixa da gigante do streaming: com o dólar em alta, a companhia perdeu dinheiro com os clientes de fora dos Estados Unidos.

Na apresentação dos resultados trimestrais aos acionistas da empresa, a Netflix revelou que ganhou ao longo do trimestre 15,77 milhões de assinantes no mundo todo. É mais do que o dobro da previsão para o período, que era de "apenas" 7 milhões. E o isolamento social teve um papel essencial nesse aumento.

"Nos primeiros dois meses do ano, nosso crescimento de membros era similar ao registrado nos dois anteriores. Depois, com a recomendação de quarentena em muitos países em março, muitos novos domicílios entraram na Netflix em busca de entretenimento", explicou o serviço de streaming em carta.

Apesar do resultado muito acima do esperado, os chefões da empresa mantêm os pés no chão com o que está por vir e preveem que ganharão 7,5 milhões de assinantes entre abril e junho. "O progresso contra o vírus deve permitir que os governos diminuam a quarentena em breve. Com isso, esperamos que o consumo de conteúdo e nosso crescimento sofram uma queda", informa a mensagem.

"Nossa previsão de 7,5 milhões para o segundo trimestre, dada a incerteza do tempo de quarentena, é basicamente um chute. Os números reais para o período podem ficar muito abaixo ou acima disso, dependendo de quando as pessoas poderão retomar suas vidas e o quanto elas ficarão longe da TV quando isso ocorrer."

Clientes em alta, cofre na mesma

No balanço para os acionistas, os executivos explicam por que o crescimento além do esperado no número de assinantes não teve nenhum efeito prático na arrecadação da Netflix. "Por causa da crise mundial, o dólar norte-americano valorizou significativamente, o que prejudica a nossa arrecação internacional."

A mensagem cita especificamente o Brasil como um país que está com cotação desfavorável: nesta quarta (22), a moeda americana passou de R$ 5,40. "O preço do nosso plano padrão no Brasil é R$ 33, o que correspondia a US$ 8,50 no ano passado, mas agora equivale a US$ 6,50. Então, temos uma queda de cerca de 25% no preço da assinatura média do Brasil e na nossa arrecadação no país."

Como ponto positivo, os chefões da Netflix valorizaram os bons resultados de alguns produtos lançados no trimestre, como o reality show Casamento às Cegas (visto por cerca de 30 milhões de domicílios em quatro semanas), a série documental A Máfia dos Tigres (64 milhões) e o filme Troco em Dobro (85 milhões).

Lançada no início de abril, a quarta temporada de La Casa de Papel também mereceu destaque no balanço. A expectativa da empresa é que 65 milhões de casas vejam pelo menos parte dos episódios do fenômeno espanhol em quatro semanas.

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