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CASAMENTO ÀS CEGAS

Álcool e brigas: Por que Love Is Blind é o assunto do momento nas redes sociais

NETFLIX/DIVULGAÇÃO

Participante de reality show aparece deitado com as pernas cruzadas em um sofá cinza; ele veste jeans e camisa azul

Mark, um dos participantes do reality show, conversa com pretendente em uma das cabines do programa

HUMBERTO ABDO

Publicado em 29/2/2020 - 5h21

Em cabines individuais, sem se verem pessoalmente, solteiros conversam e interagem em busca da pessoa com quem desejam passar o resto de suas vidas (noivado e lua de mel inclusos). A partir dessa abordagem pouco convencional de relacionamentos, o reality Love Is Blind (Casamento às Cegas), da Netflix, virou uma das produções mais comentadas nas redes sociais nesta semana e entrou para o top 10 da plataforma no Brasil --ontem, estava em terceiro lugar.

Com episódios liberados aos poucos durante três semanas, o desfecho da temporada chegou na quinta-feira (27) ao streaming, com cinco casais prestes a decidir se querem manter o compromisso e viver para sempre com o parceiro que escolheram a partir de suas personalidades, bem antes de vê-los cara a cara.

A proposta --responder se o amor é "cego"-- provou ser combustível suficiente para viciar o público. Também contribuíram para o sucesso, claro, os muitos desentendimentos e as duplas que, apesar de dizerem "eu te amo" após três módicos dias de conversa, têm tudo para dar errado.

Mas o programa, surpreendentemente, dá certo: das 30 pessoas mostradas nos primeiros episódios, dez renderam envolvimentos amorosos até o fim da temporada, que apresenta o dia de seus casamentos, com a presença dos familiares, a preparação das noivas e a situação mais esperada no altar, em que eles finalmente anunciam se querem ou não trocar alianças e fazer juras de amor eterno.

E por que alguém esperaria até esse momento para terminar um noivado? Embora o criador Chris Coelen afirme que a produção não tenha dado nenhuma orientação aos participantes, toda a estrutura do último episódio faz suspense sobre essa cena --parece existir uma regra de não anunciar nenhuma decisão antes da cerimônia.

Alguns noivos até acordam no grande dia expressando incerteza sobre o casamento, mas a edição deixa de fora qualquer diálogo que confirme possíveis "desistências".

Começam então as reviravoltas, com brigas, bebedeiras e choro, e alguns participantes finalmente revelam que não estão dispostos a sustentarem o relacionamento. Diferenças de idade, preconceito por casais inter-raciais ou a simples falta de compatibilidade física fazem parte dos conflitos, que resultam em um clímax dramático e (poucos) finais felizes.

Todos esses acontecimentos foram mantidos em segredo pelos participantes, já que as gravações ocorreram entre outubro e novembro de 2018, durante 38 dias intensos. Os envolvidos (e seus parentes e amigos) passaram mais de um ano, portanto, sem poder citar o casamento ou a separação em suas redes sociais.

De todos os acertos, o formato escolhido pela Netflix de liberar episódios semanalmente foi o que mais favoreceu a repercussão da série nas redes: em vez de uma temporada inteira na plataforma de uma vez, os lançamentos graduais renovaram a onda de comentários sobre o reality na internet. E, para prolongar o sucesso ainda mais, o streaming já anunciou uma reunião dos casais em um especial no YouTube, previsto para estrear no próximo dia 5.

Já o casal de apresentadores, Nick e Vanessa Lachey, foi um dos pontos fracos. Eles fazem raras aparições para introduzir novas etapas, como a lua de mel dos casais e a cerimônia oficial. As próximas temporadas podem sobreviver bem sem os dois.

Com todas as discussões, cenas românticas e situações embaraçosas, nada supera o momento mais comentado no Twitter --e eternizado em formato de gif--, em que Jessica oferece um gole de sua taça de vinho ao cachorro de estimação enquanto discute a relação com o parceiro, Mark.

Pela própria natureza de um reality show sem roteiro, toda essa bagunça será difícil de replicar em novas temporadas. Mas é claro que a Netflix vai tentar...

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