ACORDO EM VOTAÇÃO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Roteiristas protestam em frente a estúdio alugado pela Netflix; paralisação durou cinco meses
A greve dos roteiristas, que afetou boa parte dos projetos audiovisuais nos Estados Unidos, chega ao fim a partir desta quarta (27). A paralisação é a segunda maior da história --atrás apenas dos protestos de 1988--, perdurando por 148 dias. O WGA (Sindicato Norte-Americano dos Roteiristas) enfim chegou a um acordo com os representantes dos estúdios.
A proposta foi aprovada por unanimidade pelo Comitê de Negociação e agora vai passar pelo crivo de ambos os sindicatos --o dos trabalhadores e o patronal. A votação vai ocorrer de 2 a 9 de outubro. As informações são do Deadline.
O WAG vai suspender todas as ordens de restrição. "Isto permite que os redatores retornem ao trabalho durante o processo de ratificação, mas não afeta o direito dos membros de tomar uma decisão final sobre a aprovação do contrato", diz o comunicado oficial.
Os primeiros detalhes do documento foram fechados no domingo (24), em que o Comitê de Negociação afirmou se tratar de um "acordo excepcional, com ganhos significativos e proteções para roteiristas em todos os setores".
As principais reivindicações incluíam melhores salários, proteções contra o uso abusivo de inteligência artificial e dos residuais --valor recebido quanto uma série segue em exibição em serviços de streaming.
A greve dos roteiristas de Hollywood fez diversas "vítimas". Embora a maioria das atrações da TV aberta dos Estados Unidos já tenha finalizado os trabalhos da atual temporada --e até adiantado uma porção para o próximo biênio--, séries como Stranger Things, Cobra Kai e Daredevil: Born Again, reboot de Demolidor (2015-2018), estavam em produção e foram paralisadas.
Desde o início da greve em 2 de maio, várias produções em andamento precisaram fechar as portas por não poder contar com profissionais trabalhando nos roteiros.
Séries como Billions, Ruptura e The Hedge Knight, novo spin-off de Game of Thrones (2011-2019), também foram pausadas após os roteiristas cruzarem os braços pela greve.
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