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Roteiristas protestam durante piquete; greve dos atores ainda não tem previsão de chegar ao fim
Depois de quase cinco meses de paralisação, a greve dos roteiristas está próxima do fim. Na noite de domingo (24), o WGA (Sindicato Norte-Americano dos Roteiristas) anunciou que chegou a um acordo com a AMPTP (Aliança de Produções Televisivas e Cinematográficas), que representa os estúdios. Agora, falta apenas a elaboração (e posterior aprovação) de um contrato que fixe todos os pontos acordados.
"Nós chegamos a uma tentativa de acordo a respeito do novo contrato básico, o que significa que estamos em concordância de princípio em todos os pontos de negociação. O acordo está sujeito à linguagem final do contrato", disse a WGA aos seus membros em um comunicado.
Agora, o comitê de negociação decidirá se coloca o novo contrato para ser votado pelo conselho do WGA. Esse grupo também decidirá se cancela a suspensão de trabalho --ou seja, roteiristas poderiam até mesmo voltar a trabalhar enquanto os últimos detalhes são acertados.
Segundo o Deadline, os roteiristas haviam dito que não descruzariam os braços até que um acordo com o SAG-AFTRA (o sindicato dos atores) fosse fechado. Seria uma maneira de retribuir os colegas pelo apoio obtido no início da greve --os intérpretes só pararam em 14 de julho, dois meses após os escritores, mas já haviam se juntado aos protestos antes disso.
A expectativa é que os escritores voltem ao trabalho ainda nesta semana. Na greve dos roteiristas de 2007-2008, um acordo foi alcançado no 96º dia e aprovado no 100º. Se seguir o mesmo ritmo, a quinta (28) pode ser decisiva.
Segundo produtores, se a paralisação não acabar até 1º de outubro, não haverá tempo hábil para preparar a temporada 2023-2024, e as redes de TV já começarão a pensar nas estreias de setembro do ano que vem.
Com os roteiristas trabalhando novamente, talk shows poderão voltar a gravar imediatamente --os apresentadores não são cobertos pelo SAG-AFTRA. Os convidados, porém, não poderão divulgar filmes e séries nas entrevistas.
As principais exigências das duas categorias giram em torno da utilização de ferramentas de inteligência artificial para substituir o trabalho humano e da remuneração em trabalhos para o streaming.
Antigamente, equipes de filmes e séries ganhavam os chamados residuais, direitos autorais e de imagem, toda vez que a produção era exibida na TV. No streaming, esse cálculo é mais complexo, já que não há uma grade pré-definida e cada um pode ver o que desejar, na hora que quiser.
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