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NOVO EMBATE

Escanteado pela Globo, UFC diz que é tão grande no Brasil quanto o Corinthians

RENATO PIZZUTTO/BAND

Imagem de Rodrigo Minotauro em posição de luta

Rodrigo Minotauro, embaixador do UFC no Brasil; esporte diz ter 30 milhões de fãs no país

Após perder força no Brasil e deixar a grade da Globo, o UFC quer reviver seus tempos de glória a partir de 2023 com um projeto multiplataforma: além da transmissão na TV aberta pela Band, o torneio terá um serviço de streaming e uma equipe própria nacional. Segundo a organização, cerca de 30 milhões de brasileiros acompanham o esporte, número que colocaria as lutas no mesmo patamar da torcida do Corinthians, um dos maiores times do país.

"O UFC sempre esteve entre os três maiores mercados do mundo, e ainda permanece, no ponto de vista comercial, e com 30 milhões de fãs no Brasil. Se o UFC fosse hoje um time de futebol, ele seria o quinto maior em mídias sociais. De fato, a nossa quantidade de fãs, e não só a quantidade, o engajamento que os fãs tem com a marca é muito grandioso e muito importante", defende Eduardo Galetti, vice-presidente do UFC no Brasil, em entrevista ao Notícias da TV.

Em comunicados anteriores, a empresa havia dito que estimava ter 50 milhões de fãs no Brasil. O atual indicador de 30 milhões representa uma queda de 40% nessa projeção. Para efeito de comparação, esse número do suposto público brasileiro do UFC seria equivalente a toda a torcida do Corinthians ou cerca de 60% da população estimada do Estado de São Paulo, segundo os cálculos de 2021 do IBGE.

Nos últimos anos, o interesse dos brasileiros pelas lutas diminuiu, os embates deixaram as madrugadas da Globo e passaram a ser transmitidos apenas pelos canais fechados da empresa. Porém, mesmo com a queda de público, o Brasil segue sendo um mercado atrativo para a empresa de Dana White, tanto em fãs como no celeiro para novos talentos do esporte.

"A gente vive um momento tão histórico, tão importante para o UFC hoje, com três cinturões, duas disputas muito em breve, com a volta de eventos. Vamos voltar a mostrar para o público quem são os nossos campeões, isso é muito importante para nós. Mostrar a história deles, de onde eles vêm, a família, tudo que está por trás da estrutura para se tornar um grande campeão, desmistificar o esporte, educar os fãs", reforça o executivo.

Claro que todo mundo olha para cá e pergunta: 'De onde vem tanto talento?'. O MMA já está no sangue do brasileiro, faz parte, está no DNA. É o segundo esporte, a gente ainda vai chegar, estamos chegando no futebol, está próximo. 

Band e streaming

Nesse novo round, o UFC conta com duas estratégias para voltar a usar o cinturão em solo verde e amarelo. A primeira é o lançamento do streaming UFC Fight Pass, já disponível no exterior. Mesmo com um mercado cada vez mais saturado de plataformas digitais, a empresa de lutas acredita que o serviço atenderá adequadamente os fãs desse nicho.

"Além dos 43 eventos do UFC ao longo do ano, são todos os outros eventos que também fazem parte, mais de 200 noites por ano, além de documentários, filmes e tudo mais que estará disponível", detalha Galetti.

A mensalidade do streaming será de R$ 24,90, valor inferior ao cobrado por plataformas como o Star+ (R$ 32,90), que oferta filmes, séries e conteúdos esportivos. "Para os fãs, a experiência é um salto enorme e, além de tudo, a gente vem com um preço bastante agressivo, e a nossa busca é que a gente consiga democratizar o esporte e o acesso a todas as lutas", complementa.

A parceria com a Band completa esse plano. Na TV aberta, a emissora exibirá um combate por mês e terá um programa semanal para repercutir as últimas notícias do UFC. Além disso, o esporte entrará na cobertura dos demais programas da casa, de forma similar ao que já ocorre com a Fórmula 1.

Conforme antecipado pelo Notícias da TV, Rodrigo Minotauro negocia com a emissora para comentar as lutas. Em um evento realizado na última quarta (21), Denis Gavazzi, diretor de esportes da Band, afirmou que o ex-lutador de MMA atuará na cobertura da próxima temporada do UFC. 

À reportagem, Gavazzi comenta sobre a parceria: "Começamos a conversar com o UFC no final do primeiro semestre, até tivemos uma definição rápida. Acho que tem tudo a ver o UFC com a Band. Vamos trabalhar! No ano que vem, é ganhar mais musculatura, contar muitas histórias, fazer boas transmissões, criar novos ídolos e fortalecer cada vez mais o esporte na Bandeirantes".

"Quando a gente pega um evento para transmitir, aí não é o UFC, Fórmula 1 ou o Brasileirão Feminino, a gente trata todos eles da mesma forma. Faz parte da nossa Redação, do nosso time de produção, fazer um trabalho completo e tratá-lo da forma como merece. Com o UFC, não será diferente", reforça o diretor da Band.


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