Em decadência no Brasil, UFC fecha com a Band e desfalca Globo com pay-per-view

Com menos força no Brasil nos últimos anos, o UFC (Ultimate Fight Championship) trocará a Globo pela Band em 2023. Além disso, o principal evento de MMA do mundo desfalcará o canal Combate com a criação de um streaming próprio, com custo de R$ 24,90 por mês. As mudanças passam a valer a partir de janeiro e foram anunciadas nesta quarta (10).

O Notícias da TV havia antecipado em julho que Dana White, dono do UFC, estava à procura de parceiros fora da Globo para um novo contrato. A Band vai passar até 12 eventos ao vivo por ano. A estreia deve acontecer em 21 de janeiro de 2023, um sábado, quando está previsto acontecer o UFC 283 no Rio de Janeiro.

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Além das lutas, a Band vai mostrar os bastidores da modalidade com o Embedded, série de conteúdo em vídeo, e o UFC Countdown, que expõe a vida e o treinamento dos atletas enquanto se preparam para os eventos. A competição pelos cinturões estava fora da TV aberta desde 2018.

"Para nós, do Grupo Bandeirantes, é motivo de muito orgulho poder dizer que somos os novos parceiros de televisão aberta do UFC no Brasil a partir de 2023. Estamos sempre em busca de novos e relevantes produtos para o pilar de esportes da Band", disse Denis Gavazzi, diretor de Esportes do Grupo Bandeirantes.

Atualmente, a emissora exibe nas noites de sábado o STF, um dos principais eventos da categoria no país. As lutas alcançam 2 pontos de média e chegam a ficar em terceiro lugar na Grande São Paulo nas madrugadas.

UFC Fight Pass

O canal Combate, que pertence à Globo, também vai deixar de passar o UFC no Brasil. A nova plataforma de pay-per-view do evento será própria, o Fight Pass, e vai mostrar todos os cards ao vivo no ano. Além do MMA, a plataforma oferece esportes como boxe, kickboxing, Muay Thai e grappling. O custo será de R$ 24,90.

"A interface do Fight Pass será localizada em português, incluindo títulos e cards de eventos e descrições de programas. A transmissão ao vivo dos eventos do UFC será produzida inteiramente em português, com a participação de comentaristas brasileiros", explicou a empresa, em nota.

O UFC estima ter um mercado com 50 milhões de pessoas interessadas no esporte no Brasil, número que só deixa o país atrás nos Estados Unidos. 

"Quem acompanha esse esporte sabe a importância do Brasil para as artes marciais mistas e para o UFC. O Brasil é um dos nossos maiores mercados e produziu alguns dos melhores atletas que este esporte já viu. O Fight Pass vai levar nosso negócio para o próximo nível, entregando todo o nosso conteúdo diretamente aos nossos fãs", prometeu Dana White.

A Globo adquiriu as lutas para TV aberta em 2011, logo após transmissões nas noites de sábado da RedeTV! alcançarem o primeiro lugar na audiência. Os combates iniciais chegaram a ter Galvão Bueno na narração e ultrapassaram a casa dos 15 pontos de média em plena madrugada. Nos últimos anos, porém, o esporte perdeu força e interesse no país.