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MATHEUS RIBEIRO

Jornalistas da Record se revoltam com contratação de apresentador gay do JN

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Imagem de Matheus Ribeiro publicada no Instagram

Matheus Ribeiro trocou a TV Anhanguera, afiliada da Globo em Goiás, pela Record de Brasília

Após uma saída tumultuada da Globo de Goiás, Matheus Ribeiro foi contratado pela Record de Brasília para ancorar o principal telejornal da emissora, mas os futuros colegas de trabalho não gostaram da novidade e escreveram uma carta de repúdio à sua chegada. No texto, é dito que a única relevância curricular do apresentador é a orientação sexual, amplamente divulgada quando apresentou pela primeira vez o Jornal Nacional.

A mensagem tem como objetivo principal mostrar insatisfação com a demissão de Luiz Carlos Braga, que estava na emissora havia 12 anos, mas também há uma sequência de ataques indiretos a Ribeiro, que assumirá seu posto.

Em um dos trechos, é dito que o ex-funcionário da Globo tem como "única relevância curricular" sua orientação sexual e que usou a condição para ter atenção midiática e obter benefício próprio. Matheus se asumiu gay um mês antes de apresentar o Jornal Nacional pela primeira vez, por conta do aniversário de 50 anos do noticiário.

"Essa Redação, em grande parte, teve o privilégio de conviver com Luiz Carlos Braga por 12 maravilhosos anos. Perde a emissora, ao trocar o certo pelo duvidoso, e perdemos nós. Perdemos o convívio de alguém respeitoso, atencioso, leal e de caráter e reputação ilibadas. Braga nunca precisou de atenção midiática para ter relevância e nunca usou de sua orientação sexual para benefício próprio", diz parte do texto.

Luiz Carlos Braga no Record DF; apresentador foi demitido após contratação de Matheus Ribeiro

No entanto, o conteúdo não chegou às mãos da direção da Record de Brasília porque os jornalistas temeram sofrer represálias. Eles consideram que as demissões promovidas na casa nos últimos dois meses foram arbitrárias, e viram colegas perderem seus empregos por manifestarem o descontentamento com as mudanças.

Foi isso que ocorreu em março, quando João Beltrão, antigo diretor de Jornalismo da Record de Brasília, foi demitido após 14 anos na emissora por tentar proteger um grupo de repórteres que trocava mensagens de cunho racista a respeito de colegas negros no WhatsApp. 

Parte de seus antigos subordinados se revoltaram com a demissão, e uma jornalista que manifestou repúdio também perdeu o emprego. Uma carta chegou a ser escrita para a direção, reprovando a dispensa de Beltrão, mas o envio foi declinado após entenderem que haveria represálias para quem se opusesse às decisões dos chefões da emissora.

Ao Notícias da TV, a Record afirmou que os diretores da afiliada de Brasília não receberam a carta de repúdio à contratação de Matheus Ribeiro. Procurado, o novo âncora do Record DF disse não se sentir confortável para comentar algo que sequer tem conhecimento.

Confira o texto feito pela equipe que trabalhava com Luiz Carlos Braga, que se manifestou contra sua demissão e reprovou a contratação de Ribeiro:

Carta aberta para a diretoria da Record‬

‪Nós, da Redação da Record Brasília, viemos por meio desta carta manifestar irrestrito apoio ao jornalista Luiz Carlos Braga, arbitrariamente desligado da emissora por ordens superiores. A diretoria desta casa optou por escantear uma carreira de três décadas e ilibada reputação, além de incontáveis prêmios, em prol de uma contratação cuja única relevância curricular é a sua orientação sexual.‬

‪Antes de ser desligado, Braga havia sido convidado para o posto de analista do Jornal da Record. E, sem nenhum motivo justificável, o convite virou uma demissão unilateral. O motivo? Suposta redução de custos. Algo que, claramente, não condiz com a realidade, tendo em vista as mudanças que se avizinham.‬

‪Essa Redação, em grande parte, teve o privilégio de conviver com Luiz Carlos Braga por doze maravilhosos anos. Perde a emissora, ao trocar o certo pelo duvidoso, e perdemos nós. Perdemos o convívio de alguém respeitoso, atencioso, leal e de caráter e reputação ilibadas. Braga nunca precisou de atenção midiática para ter relevância e nunca usou de sua orientação sexual para benefício próprio.‬

‪Nada temos contra o novo apresentador do DF Record. Mas temos, e muito, a reclamar da maneira inadequada da qual um dos profissionais mais prestigiados da história do telejornalismo do Distrito Federal foi desligado.


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