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NOVA GIGANTE NO BRASIL

Cade surpreende e aprova fusão Discovery/WarnerMedia sem restrições

REPRODUÇÃO/HBO MAX

Zendaya em cena na série Euphoria, da HBO, que tem exibição exclusiva no Brasil na HBO Max

Zendaya em Euphoria, série da HBO: Cade aprova fusão de WarnerMedia e Discovery no Brasil

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 7/2/2022 - 12h45

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou na última sexta-feira (4) à noite, sem restrições, a fusão entre as empresas Discovery e WarnerMedia no Brasil. O negócio, orçado em US$ 43 bilhões (R$ 228,3 bilhões na cotação atual) faz parte de um grande plano para investimentos na área de streaming dos conglomerados de mídia em todo o mundo. A aprovação será publicada no Diário Oficial da União ainda esta semana. 

Oo sinal verde do órgão governamental surpreendeu muita gente nos bastidores, segundo apurou o Notícias da TV. Normalmente, o Cade costuma impor alguma medida ou condição para aprovação de negócios gigantes do tipo. Foi o que aconteceu com a Disney, que, para se unir à Fox, precisou tomar uma série de medidas --como manter o canal esportivo Fox Sports no ar. O tempo curto de análise (oito meses) também causou discussões. 

A coluna teve acesso direto ao parecer favorável assinado por Diogo Thomson de Andrade, superintendente-geral interino do Cade. O principal argumento para a aprovação é a participação no mercado de TV paga atual e plataformas digitais das empresas, que não passa de 20% --com exceção dos canais infantis do serviço de televisão paga, que chegam à marca dos 50%.

"Na análise de possibilidade de exercício de poder mercado foram apresentados dados objetivos e as melhores estimativas disponíveis do faturamento de cada mercado relevante. Nos mercados relevantes de produção e licenciamento de conteúdo audiovisual; licenciamento para produtos de consumo, e serviços de streaming, foi possível afastar as preocupações concorrenciais, uma vez que as participações de mercado conjuntas das Requerentes não superavam os 20%", disse o Cade. 

Outro ponto importante foram os "testes de mercado", como são chamadas as consultas feitas pelo Cade em concorrentes dos dois conglomerados e em operadoras de TV por assinatura. Nenhuma delas mostrou grandes pontos preocupantes. A Disney, inclusive, chegou a apoiar o negócio diretamente em sua manifestação. 

"A partir das informações apresentadas pelas Requerentes, obtidas pelo teste de mercado e fornecidas pelo terceiro interessado, observou-se que a Operação elevará significativamente a participação nos mercados analisados da empresa resultante, Warner Bros. Discovery. Contudo, a análise da probabilidade de exercício de poder de mercado revelou que as condições de rivalidade atuais decorrentes da evolução do mercado e da competição acirrada com as plataformas OTT, mitigariam tal risco concorrencial", concluiu o documento. 

Com isso, já nas próximas semanas, a atual WarnerMedia poderá se chamar Warner Bros. Discovery no Brasil. No entretenimento, a empresa passa a controlar os direitos de franquias Harry Potter e filmes da DC. Na programação esportiva, eles serão donos dos direitos da Uefa Champions League (até 2024) e do Campeonato Paulista (até 2025). 

Com a fusão, a Warner Bros. Discovery ficará responsável por canais da TV por assinatura como HBO, CNN, Cartoon Network, Food Network, TNT, TBS, TCM, TLC, Animal Planet, Investigação Discovery, e claro, a própria Warner. O objetivo é fazer frente aos concorrentes Netflix e Prime Video, principalmente. As atuais HBO Max e Discovery+, inclusive, podem mudar de nome e de objetivos, já que passaram a fazer parte do mesmo guarda-chuva. 


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