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Bolha do coronavírus explode na Netflix, e empresa prevê 2021 abaixo da média

Divulgação/Netflix

Millie Bobby Brown faz cara de decepção em cena de Enola Holmes

A atriz Millie Bobby Brown em cena do filme Enola Holmes, lançado pela Netflix em setembro

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 20/10/2020 - 18h08

Depois de crescer acima do esperado no primeiro semestre, a Netflix teve um resultado fraco entre julho e setembro deste ano. Com as ações em queda, a plataforma defendeu que o aumento de assinantes por causa do coronavírus entre abril e julho afetou suas métricas, e que isso terá consequências até na clientela do ano que vem.

Em reunião com os acionistas nesta terça-feira (20), executivos da Netflix revelaram que, nos últimos três meses, conquistaram apenas 2,2 milhões de assinantes globalmente --a expectativa do mercado era de 2,5 milhões, ainda muito abaixo dos 6,8 milhões de clientes que contrataram o serviço no mesmo período do ano passado.

Com a má notícia, os papéis da empresa no pregão dos Estados Unidos caíram 5%. Na conversa desta tarde, porém, os chefões da gigante do streaming disseram que já previam um desempenho aquém. "Achamos que isso se deve ao primeiro semestre recorde que tivemos e ao efeito que isso gerou no resto do ano", afirmaram os executivos em carta divulgada à imprensa.

Os resultados do primeiro semestre, de fato, foram muito acima da média. A expectativa era de que a empresa ganhasse 14,6 milhões de assinantes no mundo todo durante o período, mas ela fechou junho com um acréscimo de 24,6 milhões de contratos --como a população se isolou em casa por causa do coronavírus, mais pessoas decidiram pagar por entretenimento.

"Em 2021, com o mundo recuperado da pandemia, esperamos que nosso crescimento retorne aos níveis normais pré-Covid. Então, a previsão é de que o aumento de assinantes desacelere no primeiro semestre do ano que vem em relação ao mesmo período de 2020. Mas nós encaramos essas flutuações trimestrais como insignificantes em um contexto mais longo de adoção do entretenimento via internet", minimizou a companhia.

Para amenizar o drama do trimestre ruim, os executivos valorizaram que, até setembro, a Netflix já somou 28,1 milhões de clientes, acima dos 27,8 milhões que conquistou no ano passado inteiro --ou seja, tudo o que ela conseguir entre outubro e dezembro já será lucro em relação a 2019.

A previsão para o último trimestre do ano é otimista: a plataforma imagina que vai ganhar mais 6 milhões de clientes --o foco está nos países do bloco Apac (Ásia e Pacífico), com maior potencial de crescimento por contar com territórios como China e Índia, que têm mais de 1 bilhão de habitantes cada.


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