CRISE SANITÁRIA
Divulgação/MGM
Daniel Craig e Ana de Armas em 007: Sem Tempo para Morrer; filme sofreu com adiamentos na pandemia
A recente alta de casos positivos de Covid-19 nos Estados Unidos, com a disseminação da variante Delta, voltou a assustar os executivos de Hollywood. No período entre 11 de julho e 1º de agosto, o número de pessoas que se sentiam confortáveis para ir aos cinemas caiu, e o terror de novos adiamentos de filmes voltou a circular no país.
Uma pesquisa feita pelo The National Research Group, instituto de muita relevância para os grandes estúdios, mostrou que houve uma queda de 81% para 72% do total de pessoas que aceitariam assistir a um filme no cinema. O estudo analisou o período de três semanas desde que a pandemia voltou a ganhar força nos EUA.
A Paramount foi o primeiro estúdio a se movimentar e adiou o lançamento da adaptação live-action de Clifford: O Gigante Cão Vermelho (2000-2003), prevista para estrear em 13 de setembro. A decisão pelo adiamento iniciou uma série de especulações sobre o destino de outros títulos previstos para serem lançados em datas próximas.
Segundo a revista Hollywood Reporter, epidemiologistas que trabalham como consultores dos estúdios preveem que o pico de infecções pela variante Delta deve chegar em agosto, e a situação melhorará um pouco em setembro, caso a campanha de vacinação continue avançando.
A fraca estreia de Jungle Cruise (2021) é considerada um indício de que os cinemas norte-americanos podem ser esvaziados nas próximas semanas. O longa estrelado por Dwayne Johnson e Emily Blunt fez USS 35 milhões (R$ 181 milhões) nas bilheterias em seu primeiro fim de semana nos EUA. Em outros países, a soma não superou os US$ 27 milhões (R$ 140 milhões). Um número baixo considerando as expectativas para o filme.
Entre os títulos que podem sofrer novos adiamentos estão Venom: Tempo de Carnificina e 007: Sem Tempo para Morrer. O primeiro está marcado para estrear em 24 de setembro, enquanto o novo longa sobre o espião James Bond --que já teve seis datas de lançamento diferentes-- tem estreia prevista para 8 de outubro.
"Embora tenhamos visto um declínio impulsionado pela variante, está claro que muitos espectadores aprenderam a conviver com Covid-19. Quase o dobro de espectadores se sentem confortáveis indo ao cinema hoje do que no pico do ano passado, o que é motivo para estarmos otimistas de que, assim que quebrarmos essa curva mais recente, o setor estará bem posicionado para continuar sua recuperação", afirmou Ray Subers, presidente do National Research Group.
A questão que pode influenciar no futuro próximo de Hollywood é a velocidade com que a variante Delta continuará se espalhando pelo país. No trailer de Venom: Tempo de Carnificina lançado neste domingo (1º), a Sony omitiu a data de lançamento oficial e apenas sinalizou que o filme estreia durante o outono norte-americano (entre setembro e novembro).
"Esta é uma situação muito complicada, e nenhuma resposta ou análise simples pode ser aplicada. Podemos simplesmente reunir os dados todos os finais de semana e avaliar continuamente", completou Paul Dergarabedian, diretor da Comscore, empresa especializada em análise de dados.
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