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REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY
Luciano Huck em cena do documentário 2021: O Ano Que Não Começou, disponível no Globoplay
Analisar problemas e tentar discutir soluções é um processo sério. Se já é algo difícil quando se trata de situações menores, imagine em pautas sobre questões gigantes. O documentário 2021: O Ano Que Não Começou, que estreou nesta semana no Globoplay, tem a pretensão de viajar pelos grandes obstáculos nacionais e globais que a pandemia da Covid-19 trouxe à tona.
Luciano Huck é produtor e apresentador do filme, e o estilo do comunicador deixa a obra com cara de reportagem especial do Caldeirão do Huck, em vez de algo mais sério, como um Globo Repórter, por exemplo.
A ideia é analisar os problemas socioeconômicos do Brasil e como eles se refletem pelo mundo no último ano e além. Temas como capitalismo, desigualdade, pobreza, política, racismo e tecnologia são explorados e interligados. A duração curta, de cerca de 40 minutos, e a edição ágil fazem com que a jornada seja mais simplória do que realmente se espera.
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Novo normal é uma das pautas
O destaque fica por conta das entrevistas com renomados especialistas, casos do historiador holandês Rutger Bregman, do jornalista norta-americano Thomas Friedman, da economista francesa Esther Duflo e da ativista Graça Machel, de Moçambique. Suas presenças dão credibilidade, e as falas escolhidas conseguem esmiuçar análises complexas.
O resultado é um levantamento de informações que lembra aulas especiais, como as exibidas no canal educativo Futura. Nos próximos anos, o filme pode inclusive ser apresentado nas salas do ensino fundamental e médio para discussões sobre as possibilidades de mudanças imaginadas durante a pandemia --que ainda não terminou, apesar do tom utilizado pelo apresentador ao longo do documentário.
A presença do apresentador é marcante demais, e a dinâmica com personagens desconhecidos faz o material parecer uma atração de seu programa. A cada pausa mais longa fica a impressão de que algum dos entrevistados anônimos irá aparecer no palco do Caldeirão para participar de um dos quadros e ganhar uma reforma na casa ou ter o carro restaurado.
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Apresentador em cena do filme
Talvez a participação de Huck cause estranheza para parte do público que acostumou a vê-lo na TV há mais de 20 anos. Ele se sai bem na chamada para as entrevistas feitas por vídeo e aparece em momentos em que um off (recurso onde apenas a voz da pessoa é ouvida) funcionaria sem qualquer problema.
Em geral, 2021: O Ano Que Não Começou realiza um apanhado de reflexões e comparações que faz o espectador juntar alguns pontos mais complexos do que a discussão entre problemas e soluções. Para os céticos e melhor informados, pouco acrescenta nas lembranças. O público comum, grande foco do projeto, pode ter uma experiência um pouco mais esclarecedora.
Na última segunda-feira (7), Huck esteve no programa Papo de Segunda, do GNT, para falar sobre o projeto. Veja a chamada do documentário e um trecho da entrevista:
Em tempos de pandemia e distanciamento social, um novo mundo totalmente interligado começou a se desenhar. O doc 2021: O Ano Que Não Começou, do @LucianoHuck, retrata essa conexão, abordando temas como desigualdade, educação, política, pobreza e tecnologia. Estreia hoje à 0h. pic.twitter.com/HYbLdMfXd4
— Canal GNT em 🏠 (@canalgnt) June 7, 2021
O documentário "2021: O Ano que não começou" retrata a conexão de diversos temas com um novo mundo, totalmente interligado, que começou a se desenhar nesses tempos de pandemia. Assista hoje no GNT, logo após o #PapoDeSegundaNoGNT ou no @globoplay 😉 pic.twitter.com/e4PHUPppyM
— Canal GNT em 🏠 (@canalgnt) June 8, 2021
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