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4-TOWN FOREVER

Juma Marruá no Disney+: Por que Red é o remake quase perfeito de Pantanal?

DIVULGAÇÃO/PIXAR/DISNEY

Um frame da animação Red, da Pixar, em que se vê Mei Ling, uma menina de origem oriental, cabelos curtos e roupa vermelha, andando por uma rua de Toronto

Mei Ling em Red: Crescer É Uma Fera: panda vermelho faz as vezes da onça-pintada de Pantanal

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 26/3/2022 - 6h30

Os assinantes do Disney+ provavelmente vão ter a sensação de déjà-vu ao assistir à estreia do remake de Pantanal nesta segunda (28). Afinal, para quem já conferiu Red: Crescer É uma Fera, Maria Marruá (Juliana Paes) está longe de ser a única mãe que passa uma bênção –ou maldição, dependendo do ponto de vista– para a única filha.

Aos 90 anos, Benedito Ruy Barbosa provavelmente não tem interesse em escrever um folhetim que se passe pelos bambuzais do sudoeste asiático. O novelista nem precisaria se dar ao esforço, já que a equipe da Pixar fez o favor de criar uma trama que lembra um pouco do seu maior sucesso na extinta Manchete (1983-1999).

Red se passa a quase dez mil quilômetros do Mato Grosso do Sul, mas a protagonista Mei Ling tem muito mais em comum com Juma Marruá (Alanis Guillen) do que imagina.

A coincidência fica mais evidente quando a menina de 13 anos, uma filha exemplar e moradora de Toronto, acorda um dia metamorfoseada em um panda vermelho. Ela então se transforma no animal a cada vez que passa por uma forte emoção.

A garota fica ainda mais atordoada ao descobrir que o tal dom é passado de geração em geração para as mulheres da família. O processo teve início com uma de suas antepassadas, que pediu aos deuses força para proteger as filhas e a sua vila no interior da China em tempos de guerra --e, assim, virou o mamífero pela primeira vez.

O enredo faz lembrar a saga de Maria Marruá, que se vê expulsa de suas terras no interior do Paraná por grileiros e acaba perdendo três de seus filhos. Ela reconstrói a vida no pantanal e, de repente, se vê sozinha e com uma recém-nascida para criar diante da morte do marido, Gil (Enrique Diaz).

Em vez de um panda-vermelho, o povo do vilarejo afirma de pé junto que a personagem de Juliana Paes se transforma em uma onça-pintada. Assim, ela defende Juma, traz comida para dentro de casa e defende o seu território de invasores.

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

A atriz Alanis Guillen como a Juma em cena de Pantanal

Juma (Alanis Guillen) em Pantanal

E nos bastidores?

Red curiosamente compartilha mais uma semelhança com Pantanal por ter sido um tanto desacreditado pela Disney, que decidiu não lançá-lo nos cinemas. A empresa diz oficialmente que a culpa é da pandemia da Covid-19, mas alguns funcionários envolvidos na produção revelaram sua insatisfação com a decisão a publicações como a Insider.

A diretora Doome Shi vinha de um sucesso dentro da Pixar com o curta-metragem Bao (2018), mas acabaria posta para escanteio no Disney+ assim como a Globo fez com Ruy Barbosa em 1990. A emissora desistiu de produzir Pantanal e entregou a novela de bandeja para a Manchete --e teve de correr atrás do prejuízo posteriormente.


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