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APOSTA ERRADA

Com Ricky Martin no elenco, Uma Invenção de Natal é o novo desastre da Netflix

Divulgação/Netflix

Madalen Mills e Forest Whitaker conversam em cena do filme Uma Invenção de Natal (2020)

Madalen Mills e Forest Whitaker interpretam neta e avô em Uma Invenção de Natal, novo musical da Netflix

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 13/11/2020 - 6h45

A Netflix estreia nesta sexta-feira (13) o musical Uma Invenção de Natal (2020), filme que faz parte da enorme lista de produções natalinas programadas para novembro pela plataforma. Com Ricky Martin no elenco, o longa era uma das apostas do serviço para repetir o sucesso conquistado com Klaus (2019), mas passa longe disso. Sem a "magia" de outros títulos do gênero, o novo lançamento é um desastre.

Focado no público infantil, a trama apresenta uma narrativa simples. O inventor Jeronicus Jangle (Justin Cornwell) é um famoso inventor de brinquedos da cidade da fictícia cidade de Cobbleton. Suas engenhosas invenções são populares em toda a região, tornando-o uma celebridade local.

Em busca de criar algo realmente único, Jeronicus (ou Jerry) constrói Don Juan Diego (Ricky Martin), um boneco toureiro que ganha vida ao receber um ingrediente especial. Arrogante, Don Juan quer impedir que o inventor crie outros iguais a ele. Para isso, ele convence o jovem aprendiz Gustafson (Miles Barrow) a roubar o livro de criações de seu mentor.

Desolado com a traição, Jeronicus chega no fundo do poço com a inesperada morte de sua mulher. O tempo passa, e o rapaz se torna um velho amargurado (Forest Whitaker), distante de sua filha e que desistiu de criar --transformando sua bela oficina em uma loja de penhores. Sua vida muda completamente com a visita de sua neta, Journey (Madalen Mills), uma jovem curiosa que herdou o talento do avô.

Por ser uma produção voltada para os jovens, é natural que a narrativa de Uma Invenção de Natal seja previsível. A relação entre Journey e Jerry, que começa de maneira fria, aos poucos vai ganhando camadas mais profundas. Essa transição seria um pouco mais interessante não fosse a atuação protocolar de Whitaker, que parece estar ali apenas pelo cachê e atrapalha o brilho da estreante Madalen.

A apatia que predomina no veterano ator, infelizmente, não se resume apenas a ele. Keegan-Michael Key, que interpreta a versão mais velha do vilão Gustafson, se aproxima mais de um vilão de uma atração ruim do Disney Channel do que de um antagonista que realmente pareça uma ameaça.

Com tantos pontos negativos para Withaker e Key, a esperança era que a presença de Ricky Martin trouxesse um pouco mais de brilho ao musical da Netflix. No entanto, o ex-Menudo surge apenas para uma única canção e para servir como o diabinho na orelha de Gustafson.

Por um momento, seu sotaque ainda aparenta ser algo bem utilizado para momentos de humor, tal como Antonio Banderas e seu Gato de Botas foram para a franquia Shrek. Mas é apenas impressão.

O visual, no entanto, salva-se como uma das poucas coisas positivas em Uma Invenção de Natal. Em seus tempos áureos, a Jeronicus e Coisas, loja do protagonista, parece saída direto do Beco Diagonal de Harry Potter. Suas invenções "mágicas" são capazes de impressionar compradores e espectadores --principalmente Buddy 3000, que se assemelha a um Wall-E da vida real.

Como antes do novo longa os assinantes da Netflix se encantaram com Klaus, a capacidade do streaming de criar boas histórias natalinas não é questionável. Com potencial de compra acima do mercado, não será uma surpresa se em 2021 a plaforma agraciar seus espectadores com uma história superior a de Uma Invenção de Natal. 

Confira abaixo o trailer dublado do filme:


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