O Escândalo
Reprodução/Lionsgate
A atriz Charlize Theron na pele da jornalista Megyn Kelly, em cena do filme O Escândalo
REDAÇÃO
Publicado em 22/10/2019 - 16h06
A atriz Charlize Theron revelou que atuar como a jornalista Megyn Kelly no filme O Escândalo (2019), sobre a onda de assédios sexuais no canal Fox News, que eclodiu em 2006, foi mais difícil do que interpretar a serial killer Aileen Wuornos no longa Monster - Desejo Assassino (2003), que lhe rendeu um Oscar. Charlize abriu o jogo em entrevista para a People.
Para o site da revista especializada em celebridades, a atriz de 44 anos justificou sua análise ao comparar as duas experiências de atuação. "Ela [Megyn Kelly] é incrivelmente muito conhecida", analisou Charlize após um evento do longa O Escândalo, em Nova York, no último domingo (20).
"Na minha carreira, eu nunca interpretei alguém desse nível. Já vivi pessoas reais [como no caso da serial killer] que pouca gente sabia quem era. Nesses casos, a pressão foi menor", contou a loira sul-africana.
Ela também comentou que não queria interpretar Megyn no filme, que ela mesma produziu, ao receber em mãos os detalhes do projeto: "Eu pensei que alguma atriz por aí poderia atuar como Megyn melhor do que eu", admitiu. "Eu, na verdade, estava com medo, pois eu conhecia [a jornalista] apenas superficialmente."
Pelas primeiras impressões que o filme O Escândalo causou na imprensa, que teve a oportunidade de ver a produção antes do público, Charlize pode ficar tranquila. Ela recebeu uma enxurrada de elogios, com especialistas cravando ela à frente da corrida pelo Oscar do ano que vem.
Charlize aparece irreconhecível na pele de Megyn Kelly, fato que chamou a atenção também do público que viu o trailer e outras imagens do longa. Para a jornalista Katie Walsh, do Los Angeles Times, O Escândalo apresenta uma atuação "surreal de Charlize". E Sasha Stone, do site AwardsDaily, comentou que "Charlize está extraordinária no papel de Megyn Kelly".
O Escândalo estreia no Brasil em 30 de janeiro de 2020. O filme vai explorar os bastidores tóxicos da Fox News --atrás das câmeras, existia uma cultura na qual as mulheres eram objetificadas e assediadas sexualmente pelo executivo Roger Ailes (1940-2017), ex-presidente do canal de notícias.
Divulgação/Lionsgate/reprodução/fox news
Charlize Theron radicalizou o visual para viver a jornalista Megyn Kelly no filme O Escândalo
Até o ano passado, Megyn Kelly era a jornalista mais bem paga dos Estados Unidos, com um programa diário na rede NBC e salário anual de US$ 23 milhões (R$ 93 milhões). Ela foi demitida após fazer um comentário racista: disse que era válido uma pessoa usar blackface (pintar o rosto de tinta preta) no Dia das Bruxas, desde que estivesse fantasiada de um personagem.
A fama de Megyn veio no canal de notícias Fox News, do qual era uma das principais âncoras e tratava de assuntos importantes da política americana. A jornalista era uma celebridade, com direito a estampar capas de revistas como a Vanity Fair.
Ela foi para a NBC com o propósito de lidar com temas mais leves, conversando com plateia e tudo mais. Uma trajetória similar ao que a Fátima Bernardes fez na Globo, com a exceção de que a versão jornalista de Megyn era muito mais opinativa.
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