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CRÍTICA

Being the Ricardos: Nicole Kidman busca segundo Oscar como ícone da TV dos EUA

Reprodução/Prime Video

Nicole Kidman em cena de Being the Ricardos

Nicole Kidman em cena de Being the Ricardos; filme é aposta do Prime Video para o Oscar 2022

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 21/12/2021 - 6h15

Aposta do Prime Video para o Oscar 2022, Being the Ricardos estreia nesta terça-feira (21) no Prime Video e tem Nicole Kidman em busca de sua segunda estatueta dourada. Na trama, ela interpreta Lucille Ball (1911-1989), ícone da TV dos Estados Unidos e considerada uma das grandes atrizes de sua época.

Lucille fez história ao protagonizar a sitcom I Love Lucy (1951-1957), considerada uma das séries mais queridas pelo público norte-americano. Apesar de ter feito trabalhos marcantes no cinema e no rádio, foi na televisão que a atriz realmente atingiu o estrelato.

Being the Ricardos explora uma semana na vida de Lucille enquanto ela trabalha nas gravações de um episódio da segunda temporada de I Love Lucy. Seu parceiro de cena também era seu companheiro na vida real: Desi Arnaz (1917-1986), que no longa é interpretado por Javier Bardem.

Entre tapas e beijos, os dois fizeram história nos EUA e estão entre as figuras que mais influenciaram a maneira de fazer comédia na televisão. I Love Lucy não foi apenas um sucesso de audiência --cerca de 60 milhões de pessoas em média assistiam à série em seus primeiros anos--, como foi a responsável por quebrar paradigmas.

Apesar de viver muitos anos nos EUA, Arnaz era nascido em Cuba. Para os executivos da CBS, rede que exibia a série, era inconcebível ter um ator latino fazendo par romântico com uma norte-americana em TV aberta. Para a audiência conservadora dos anos 1950, permitir que os dois atuassem juntos na série seria catastrófico.

DIVULGAÇÃO/PRIME VIDEO

Nicole Kidman e Javier Bardem em Being the Ricardos

Nicole Kidman e Javier Bardem no filme

Lucille, no entanto, bateu o pé e exigiu que Arnaz fosse escalado para viver Ricky Ricardo, marido de Lucy Ricardo, sua personagem em I Love Lucy. Os executivos cederam, e a série foi um sucesso absoluto.

Grande destaque do filme, Nicole Kidman brilha ao mostrar outras camadas de Lucille. Se na frente da TV ela interpretava uma dona de casa com trejeitos infantis, nos bastidores era uma estrela implacável com seu perfeccionismo.

Escrito e dirigido por Aaron Sorkin, mente por trás de séries como The West Wing (1998-2006) e The Newsroom (2012-2014), Being the Ricardos também explora o sofrimento de Lucille com tópicos fora da TV: a perseguição da imprensa com a infidelidade de Arnaz em seu casamento, e a suspeita de que a atriz estava envolvida com o Partido Comunista.

Bardem, por sua vez, entrega uma atuação convincente como o cantor cubano que encantava mulheres por onde passava e tornava a vida de Lucille um pouco mais dramática. O problema envolvendo o astro é que sua escalação reforça um clássico (e péssimo) costume de Hollywood ao escalar atores latinos sem levar em conta suas origens --Bardem é espanhol, e não cubano como Arnaz.

Mesmo que Sorkin tenha atuado como showrunner em quatro séries diferentes, o diretor sofre para explicar sobre o que se trata a história mostrada em Being the Ricardos. Ao abordar tantos temas distintos em suas pouco mais de duas horas --as dificuldades de gravar uma sitcom, a genialidade de Lucille, o relacionamento em crise com Arnaz--, o longa parece chegar ao fim sem uma resposta aparente.

No final, Being the Ricardos se sustenta pelo talento de seus astros e na apresentação de Lucille Ball para uma geração que pouco (ou nada) sabe sobre as grandes musas da TV do século 20.

Assista ao trailer de Being the Ricardos:


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