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BRIGA NA WARNER

Ator de Liga da Justiça denuncia racismo nos bastidores; ex-diretor nega

Divulgação/Warner Bros.

Ray Fisher como Ciborgue em cena de Liga da Justiça (2017)

Ray Fisher em Liga da Justiça (2017); ator acusa ex-diretor e produtores de racismo nos bastidores do filme

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 30/10/2020 - 14h34

Ray Fisher, o Ciborgue de Liga da Justiça (2017), denunciou racismo ao dar mais detalhes sobre o comportamento abusivo do diretor Joss Whedon nas refilmagens do filme. O ator disse ter recebido informações de outros integrantes da produção de que o cineasta excluiu um figurante negro do longa porque não teria gostado do tom da cor de sua pele. Em comunicado à imprensa, Whedon negou as afirmações.

Em entrevista à Forbes na quinta-feira (29), Fisher contou que pessoas envolvidas com a superprodução o informaram não só sobre a atitude de Whedon, como também revelaram comentários racistas feitos nos bastidores envolvendo os produtores Jon Berg e Geoff Johns. Segundo o ator, esse foi o principal motivo que o fez vir à público.

"O que fez minha alma pegar fogo e me forçou a falar sobre Joss Whedon foi tomar conhecimento de que Joss mandou excluir um figurante negro no trabalho de pós-produção porque ele não gostou do seu tom de pele. Cara, com tudo que aconteceu em 2020, esse foi o ápice para mim", declarou.

Na manhã desta sexta-feira (30), Whedon respondeu às acusações do ator em comunicado enviado à imprensa. Ele nega que tenha excluído qualquer ator do filme por racismo e justifica que o processo de pós-produção é realizado em equipe.

"O indivíduo que fez essa declaração informou que foi apenas algo que ele escutou de outra pessoa e tomou como verdade, quando uma simples pesquisa provaria ser falso. Como é comum em quase todos os filmes, muitas pessoas estavam envolvidas na criação do produto final, incluindo o editor, o responsável por efeitos especiais, compositor, com o colorista sênior sendo quem cuida de tom, cores e clima da versão final", explicou o diretor.

Whedon ainda alega que as dificuldades de alinhar suas cenas com as gravadas anteriormente por Zack Snyder, que deixou a produção do filme por problemas pessoais, teriam influenciado no corte final.

Na mesma entrevista à Forbes, Fisher justificou a diminuição de seu arco em Liga da Justiça, assim como a exclusão de cenas com outros atores negros como Joe Morton e Kiersey Clemons, o que ele atribui ao suposto racismo de Whedon, Berg e Johns.

"Além de tudo o que aconteceu nas filmagens, conversas de cunho racista aconteceram nos bastidores em várias ocasiões, sempre envolvendo antigos e atuais executivos do alto escalão da Warner Bros. Pictures. Tomadores de decisão como Geoff Johns, Jon Berg e o atual presidente do estúdio, Toby Emmerich."

O intérprete de Ciborgue finalizou dizendo que pretende revelar ainda mais detalhes sobre a atitude dos executivos quando a investigação interna do estúdio terminar.

Apesar das polêmicas nos bastidores, a Warner está produzindo uma nova versão do longa com os heróis da DC para o serviço de streaming HBO Max. Com cenas inéditas, o chamado Snyder's Cut tem estreia programada para 2021. Relembre o trailer:


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