DISPENSADOS
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Tony Ramos em entrevista ao Conversa com Bial em outubro; ele não teme ser dispensado pela Globo
Aos 72 anos, Tony Ramos afirma não temer ser dispensado pela Globo, como aconteceu com outros atores idosos nos últimos meses. No entanto, ele deu a entender que não gostou da forma com que a emissora lidou com Glória Menezes e Tarcísio Meira, nomes consagrados da teledramaturgia que deixaram a empresa após 53 anos de serviços prestados.
"Eu vejo [as dispensas] como um movimento natural, normal. Acho que, muitas vezes, a televisão vai ter que repensar nisso. Cito Tarcísio Meira e Glória Menezes, por exemplo. Deveriam ter sido aposentados pelo ponto de vista corporativo. Uma homenagem a eles, que sempre acreditaram na empresa e desde o começo foram para empresa como investimento, como já disse o Boni publicamente. Não viram dessa forma. Mas, você tem que entender que o mercado é isso", lamentou o ator, em entrevista à colunista Fábia Oliveira.
Ele mesmo disse que, nos anos 1990, passou meses sem contrato com a Globo, esperando um posicionamento da empresa. O ator acredita que renovações de elenco são naturais e acontecem periodicamente, mas se sente suficientemente previnido e não se preocupa em ficar desempregado.
"Confesso que fico atento. Se amanhã não quiserem, outros vão querer. Faz parte do jogo. Não tenho medo. Pelo contrário. Eu poderia estar amanhã no veículo A, B ou C, no streaming A, B, C, D, ou nos projetos pessoais. O profissional que está há 57 anos no mercado precisa ter previsibilidade. Tem que se prevenir e isso faço há muito tempo", disse Ramos, que é aposentado pelo INSS desde os 37 anos.
O ator, que está no ar nas reprises de Laços de Família, no vale a Pena Ver de Novo, e Mulheres Apaixonadas, no Viva, também está escalado para a próxima novela de João Emanuel Carneiro e tem previsão de iniciar as gravações em fevereiro ou março de 2021.
Por ser parte do grupo de risco da Covid-19 pela idade, ele disse que não tem saído de casa durante a pandemia (saiu apenas para fazer exames) e deseja que no ano que vem já haja uma vacina para a doença.
"Torço para que eu volte ao meu dia a dia, ao meu normal. O normal é saber que a vida é trabalho, é respeito, são as dificuldades, o carinho. Eu espero que a vacine chegue e nos proteja desse vírus altamente agressivo", declarou.
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