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TRIBUNAL DA INTERNET

Silvio Santos 'louco' e Anitta 'bolsominion': Por que os artistas são cancelados na web?

LOURIVAL RIBEIRO/SBT/REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Montagem de fotos com Silvio Santos, dono e apresentador do SBT, e Anitta, cantora

Por diferentes motivos, Silvio Santos e Anitta estão na lista de artistas 'cancelados' na internet

REDAÇÃO

Publicado em 30/10/2019 - 5h35

Fernanda Gentil foi "cancelada" pela internet após declarações polêmicas em uma entrevista publicada nesta semana. A apresentadora do Se Joga entrou para uma lista que vai de Silvio Santos a Anitta e passa por Carlinhos Maia e Britto Jr. No tribunal da web, artistas são julgados após falas ou comportamentos considerados controversos.

Esse cancelamento pressupõe que os internautas que o apoiam não consumam mais aquela determinada celebridade. Ou seja, deixe de elogiá-la, não ouça mais as suas músicas, não vá mais aos shows, pare de assistir ao programa na TV e evite dar audiência para os posts feitos nas redes sociais. Em alguns casos, os artistas sentem no bolso os efeitos; outros conseguem passar quase que ilesos.

Os motivos para um cancelamento são os mais variados: agressão, bullying, racismo, misoginia, machismo, homofobia, apoio ao presidente Jair Bolsonaro, loucura ou, simplesmente, ser quem a pessoa é. O influenciador digital Hugo Gloss, por exemplo, entrou nos assuntos mais comentados do Twitter na terça (29) ao ser bloqueado pela web simplesmente por ser Hugo Gloss.

Em uma lista divulgada pelo perfil @blueemercuryy, celebridades brasileiras são divididas entre canceladas, em processo de cancelamento, revogadas (que já foram bloqueados um dia, mas que conseguiram escapar) e incanceláveis.

Silvio Santos foi cancelado por ser "doido", e a família Abravanel foi julgada por ser Abravanel. O dono do SBT é um dos casos que não sofre com isso: seu programa continua como o mais visto da emissora.

Ex-funcionário da Record, Britto Jr. entrou como homofóbico --em julho, ele foi acusado de machismo e preconceito após "dar conselho" a Luana Piovani. Carlinhos Maia já entrou em tantas polêmicas neste ano que o problema dele, segundo a web, é simplesmente "existir".

Apesar de nunca terem apoiado abertamente o presidente Jair Bolsonaro, Anitta, Jojo Todynho e Ludmilla foram apontadas como "bolsominions".

Já MC Gui não só teve shows literalmente cancelados, como também foi bloqueado pela web depois de aparecer debochando de uma garota que usa peruca e não tem sobrancelhas. Outros cantores que aparecem na lista por polêmicas são Naldo e MC Biel, por agressão a mulheres, e Nego do Borel, por transfobia. Os três tiveram os rumos da carreira afetados depois do que fizeram.

No time dos incanceláveis, há bem menos nomes: Gretchen, Maisa, Rihanna, Beyoncé, Drauzio Varella e Eduardo Suplicy. Veja a lista abaixo:

Cancelados pelo mundo

Esse não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Nos Estados Unidos, artistas também passam pelo julgamento da web. Um dos casos envolveu a estrela pop Taylor Swift, que viu a hashtag #TaylorSwiftIsCancelled figurar entre os assuntos mais comentados no Twitter por uma rixa antiga, que começou em 2009, com o casal Kanye West e Kim Kardashian. Ela não gostou do termo "cancelamento".

"Milhões de pessoas dizendo que eu estava ‘cancelada'. Foi uma experiência de isolamento. Quando você diz que alguém está cancelado, não é uma série de TV. É um ser humano. Você está enviando uma grande quantidade de mensagens mandando essa pessoa calar a boca, desaparecer, ou também pode ser percebido como um 'se mata!'", reclamou a cantora em entrevista à revista Vogue, em agosto.

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