Paola Carosella explica saída do MasterChef: 'Empresa precisa de mim'

Dois meses após pedir demissão da Band e anunciar sua saída do MasterChef Brasil, Paola Carosella explicou o que a fez deixar a equipe de jurados do programa depois de seis anos. A culinarista afirmou que não seria mais possível conciliar as gravações com os compromissos relacionados aos seus empreendimentos.

"Neste momento, minha empresa precisa de meu tempo e dedicação integral", explicou, em entrevista à CNN Brasil, a dona dos restaurantes Arturito e Mangiare, e do La Guapa, um pequeno café de empanadas e doces latinos artesanais, ambos situados em São Paulo.

As obrigações nas empresas aumentaram ainda mais com a eclosão da pandemia do novo coronavírus no ano passado. Mesmo com as dificuldades, a empresária contou que conseguiu segurar as pontar e manteve a maioria de seus colaboradores afastados a fim de preservá-los quanto ao risco de infecção pela Covid-19.

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"Cerca de 70% dos meus funcionários ficaram em casa durante a pandemia", destacou a ex-jurada do MasterChef, reality gastronômico no qual esteve presente desde a primeira temporada, em 2014. Ela conversou com Luciana Barreto, Thais Herédia, Lia Bock e Débora Freitas no CNN Nosso Mundo. A entrevista vai ao ar nesta sexta (12), às 22h30.

No bate-papo, Paola Carosella também revelou que sofreu preconceito no início da carreira e que os donos dos restaurantes preferiam homens como chefs de cozinha. "Muitos restaurantes não me aceitaram por ser mulher", disse ela.

Reservada quanto à sua vida pessoal, a chef argentina começou, desde o ano passado, a fazer terapia de casal com o marido Jason Lowe, fotógrafo britânico que é especialista em imagens do universo gastronômico.

"A pandemia trouxe uma conexão com minha filha e me apresentou à terapia de casal", enfatizou. "A proximidade da pandemia foi uma prova de fogo". 

Ainda que não seja mais jurada do MasterChef, Paola continua, naturalmente, muito ligada à gastronomia. "Saber cozinhar nos faz independentes. Ter tempo para comer e cozinhar é um pequeno prazer", pontuou.

Em seus negócios, a empresária salientou que a prioridade é trabalhar com produtores que ainda estão crescendo: "Buscamos valorizar trabalho dos pequenos produtores". E alertou para o abismo social existente no Brasil e em outros países subdesenvolvidos. "O que é saudável em um país com desigualdades?", questionou.

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