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HOMICÍDIO CULPOSO

Marília Mendonça: Polícia conclui que pilotos foram culpados por acidente

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Na montagem: Marília Mendonça (à esquerda), e imagem do acidente de avião que matou a cantora (à esquerda)

Marília Mendonça (1995-2021): avião com a cantora caiu em Minas Gerais e matou mais quatro pessoas

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 4/10/2023 - 12h52

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que o acidente aéreo que matou Marília Mendonça (1995-2021) e mais quatro pessoas foi causado por negligência e imprudência por parte do piloto, Geraldo Medeiros, e do copiloto, Tarciso Viana, que também morreram na tragédia. Como os responsáveis não sobreviveram para serem punidos pela lei, o caso foi arquivado.

A conclusão do inquérito foi apresentada nesta quarta (4) pelas autoridades de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais, local em que a aeronave caiu em novembro de 2021, em uma cachoeira. Ivan Lopes, advogado que cuidou do caso, apontou que até a possibilidade de um atentado foi investigada.

Lopes afirmou que não foi feito contato com outros profissionais para a realização do pouso no aeródromo --como os pilotos desconheciam o local e nunca haviam pousado lá, as normas dizem que eles deveriam ter contatado pilotos acostumados com a pista para colher informações sobre o pouso.

A polícia constatou homicídio culposo triplamente qualificado, quando não há intenção de matar. Os qualificadores que determinam um homicídio desse tipo são o motivo, o meio, ou quando é feito para encobrir outro crime. A extinção da punição e o arquivamento se deram por conta da morte dos envolvidos.

Avião colidiu com fios de alta tensão

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) descartou possibilidades de falha mecânica no avião que transportava a cantora e apresentou um relatório em maio, no qual dizia que houve "avaliação inadequada" do local de pouso por Geraldo Medeiros. Também foram descartadas possibilidades de mal súbito do piloto e do copiloto.

O relatório do Cenipa também apontou que os cabos de alta tensão estavam em um local muito abaixo do recomendado para o voo e ainda fora do campo de visão dos pilotos. No momento em que o veículo colidiu com os fios, os condutores tinham a atenção voltada para cima.

Ficou determinado que os cabos não representavam risco algum. Em setembro, a companhia de energia de Minas Gerais instalou uma esfera de sinalização no cabo de uma torre de distribuição perto de onde o avião caiu.

Além de Marília, morreram no acidente o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho. Todos foram vítimas de politraumatismo corporal.


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