Marília Mendonça: Polícia prende suspeito de espalhar fotos de autópsia

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta segunda (17) um dos suspeitos de ter vazado fotos da autópsia da cantora Marília Mendonça (1995-2020). O homem de 22 anos teria sido responsável por divulgar as imagens em uma rede social. Ele também teria compartilhado o mesmo tipo de conteúdo sobre Cristiano Araújo (1986-2015) e Gabriel Diniz (1990-2019).

O rapaz foi preso pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) durante a operação Fenrir em Santa Maria, nos arredores de Brasília. O nome faz alusão a um lobo monstruoso, ligado ao deus Loki na mitologia nórdica. As informações são do portal Metrópoles.

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De acordo com as autoridades, o jovem foi responsável apenas pela divulgação das imagens nas redes. Ele, contudo, não teria acesso ao sistema do IML (Instituto Médico Legal), do qual as fotos foram retiradas sem qualquer autorização da família.

A polícia ainda investiga como os criminosos tiveram acesso ao conteúdo confidencial e se há um esquema organizado para vazamento de laudos periciais sobre celebridades e pessoas notáveis.

A divulgação desse tipo de imagem é considerado vilipêndio de cadáver e, em caso de condenação, os suspeitos podem responder em regime fechado de um a três anos. Ainda cabe pagamento de multa.

Vazamento de fotos

A Justiça e o advogado da família de Marília Mendonça (1995-2021), Robson Cunha, descobriram que as imagens do corpo da cantora no IML (Instituto Médico Legal) saíram de um inquérito policial extremamente sigiloso. Como poucas pessoas têm acesso ao documento, eles apontam que logo encontrarão os responsáveis.

Cunha informou ao Fofocalizando que desde 2021, ano da morte da cantora, adotou inúmeras medidas para evitar que isso acontecesse. Ele não pretende processar o Estado de Minas Gerais pela falha, mas pediu uma manifestação pública sobre o que aconteceu.

"Vamos responsabilizar não apenas a pessoa que cometeu esse crime, como também o Estado", afirmou. "Já entrei em contato com o responsável da delegacia, mas ainda não tivemos nenhum retorno oficial do Estado de Minas", pontuou.

"Vamos tentar coibir a divulgação dessas imagens em torno do Facebook e do Google. Eles serão responsáveis pela divulgação indevida. A família não vai processar o Estado de Minas. A propagação desse material é crime", alertou Cunha.

Elas foram retiradas de um inquérito policial que está sob sigilo. Quem fez, fez através de um acesso restrito, então é de fácil identificação a pessoa ou o grupo.

O advogado descobriu sobre o vazamento das fotos através de Murilo Huff, ex-namorado de Marília. O sertanejo recebeu uma enxurrada de imagens e se assustou. "Murilo que me ligou. Ele estava chocado e muito abalado no telefone, recebeu o conteúdo disso tudo que vocês souberam", relatou.