'FIO SINALIZADO'
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Vitória Medeiros concedeu entrevista ao Fantástico e falou sobre acide de Marília Mendonça
Filha de Geraldo Martins de Medeiros, piloto que comandava a aeronave que caiu com Marília Mendonça (1995-2021) em novembro do ano passado, Vitória Medeiros acredita que o acidente que matou o pai, a cantora e outras três pessoas poderia ter sido evitado com a sinalização dos fios elétricos nos quais o avião colidiu.
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"Se aquele fio tivesse sinalizado, o acidente não teria acontecido. Todos os lugares deveriam ser sinalizados para evitar acontecer mais acidentes como esse", disse ela, em entrevista ao Fantástico neste domingo (6).
O piloto Geraldo Martins de Medeiros tinha 55 anos de idade, 30 deles trabalhando com aviação. Ele deixou três filhos. "Ele já pilotou aviões pequenos, enormes e fez inúmeras viagens internacionais. Chegou a conhecer 35 países por causa da aviação", defendeu a herdeira.
Já a Polícia Civil de Minas Gerais apresentou um dado diferente. O delegado Ivan Lopes Sales explicou que, por estar fora da zona de proteção, a torre não precisava estar sinalizada nem constar nos alertas aeronáuticos.
"A gente coloca várias premissas e passa a descartar cada uma delas para tentar chegar ao motivo de se voar naquela altura, que fez chocar com a rede de transmissão", disse o comandante da investigação.
A Pec Táxi Aéreo, empresa que alugou o avião para Marília, concorda com a opinião de Vitória: "A informação de que a torre de energia estava fora da zona de segurança do aeroporto não corresponde à realidade, pois os cabos deveriam estar sinalizados".
Segundo os dados apresentados pela perícia, não foram encontradas substâncias no corpo do piloto, como remédios, que pudessem ter indicado, por exemplo, um mal súbito ou qualquer outro problema de saúde nele durante o voo. O tempo estava limpo e com sol.
"O objetivo da Polícia Civil é dar uma resposta a todos os familiares. De forma alguma, ela trata essa investigação específica como um ato criminoso. Foi um acidente, um episódio triste", argumentou o delegado.
As investigações ainda não foram finalizadas. A polícia aguarda um último laudo do motor, que será decisivo para os próximos passos: o documento vai decretar se houve de fato um defeito no equipamento. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) também não concluiu os relatórios.
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