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Marília Mendonça, Vitória Medeiros e Geraldo Medeiros Jr.; filha do piloto decidiu processar Cemig
Filha de Geraldo Medeiros Jr., piloto do avião de Marília Mendonça (1995-2021), Vitória Medeiros decidiu processar a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). Nesta quarta-feira (17), a modelo afirmou que o acidente poderia ter sido evitado caso as torres de transmissão da companhia de energia estivessem sinalizadas.
"Sobre o processo, só tenho uma coisa para falar por ora. Se tivesse essa sinalização, tudo poderia ser diferente. Isso vai ser importante, principalmente também agora, para poder proteger a vida de outras pessoas caso haja uma emergência", destacou Vitória em uma sequência de vídeos publicados nos Stories do Instagram.
Conforme antecipado pela coluna Grande Angular, do Metrópoles, a defesa da modelo afirma que as torres de energia deveriam estar sinalizadas, mesmo estando fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga (MG).
"A zona de proteção vai até 4 km no raio do aeroporto, e esse fio [de energia atingido pelo avião] estava a 5 km. A Cemig diz que a torre estava fora da zona de proteção. Mas, independentemente disso, como é uma linha que está na reta final do aeródromo e que interfere no tráfego, teria que sinalizar, independentemente da zona de proteção. Quem mexe com eletricidade e cria risco tem que tomar cuidado com os outros", comentou Sérgio Alonso, advogado de Vitória, para o Metrópoles.
Procurada pelo Notícias da TV, a Cemig disse que segue as regulamentações em vigor e reforçou que a torre está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga.
Marília Mendonça morreu aos 26 anos em 5 de novembro após sofrer um acidente de avião na cidade de Caratinga (MG). Além da cantora e do piloto, também morreram seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o produtor Henrique Ribeiro e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
Confira o vídeo com o posicionamento de Vitória Medeiros:
Confira a íntegra da nota da Cemig:
"A Cemig esclarece que a Linha de Distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ, no trágico acidente do dia 5 de novembro, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro (como mostra imagem já divulgada pela Cemig).
Reiteramos que a Cemig segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos.
A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido.
As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia mais uma vez lamenta esse trágico acidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas."
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