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Embaixadora ou garota-propaganda? Entenda o papel de Juliette com as marcas

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Imagem de Juliette Freire como embaixadora da L'Occitane

Juliette Freire virou embaixadora da L'Occitane e outras três marcas brasileiras

PAOLA ZANON

paola@noticiasdatv.com

Publicado em 15/6/2021 - 6h30

Desde que estava confinada no BBB21, Juliette Freire já tinha uma fila de marcas interessadas em fechar parceria com ela. A campeã tem o perfil brasileiro no Instagram com o maior engajamento do mundo, principal motivo do interesse de anunciantes. Em pouco mais de um mês, a paraibana se tornou embaixadora de quatro grandes marcas nacionais.

Ser embaixadora de uma marca, no entanto, é diferente de atuar apenas como garota-propaganda. O Notícias da TV conversou com João Pedro Camargo, CEO da Scope Media, uma agência publicitária com foco em influenciadores digitais, para explicar qual é o papel de Juliette nesses contratos.

A principal diferença é que para ter esse cargo, não basta apenas fazer postagens nas redes sociais. É necessário que o influenciador em questão tenha valores compatíveis com os da marca, causando empatia, confiança e identificação entre o público-alvo.

"Garoto-propaganda é quando uma marca usa apenas a imagem de uma pessoa para se promover, pode ser a curto ou longo prazo", explica João. "O embaixador é também um garoto-propaganda, mas ele tem um cargo de longo prazo na empresa, essa pessoa representa o que a marca é, precisa seguir valores e tem responsabilidade social", continua o publicitário. 

Em resumo, o papel do garoto-propaganda é mais voltado para a área comercial de campanhas pontuais das empresas. Ou seja, a responsabilidade de Juliette com a Avon, a Americanas, o Globoplay e a L'Occitane é muito maior do que se ela tivesse feito apenas publicações divulgando determinados produtos ou serviços em suas redes.

"Não é só divulgar, é representar. Uma marca não vai querer relacionar sua imagem a um influenciador com atitudes racistas ou homofóbicas. Uma pessoa assim nunca vai ser embaixadora de uma marca", afirma Camargo. "Se uma marca quer a Juliette, não é só pelo engajamento, é por tudo o que ela representa", completa ele.

A vantagem é maior?

O cargo de embaixador acaba sendo mais vantajoso, visto que a marca sempre irá destacar as qualidades e os valores de quem a representa, além da recorrência de trabalhos remunerados. "Se a marca está com a Juliette, é porque concorda com as atitudes dela. Assim como a Juliette também concorda com as atitudes da marca", explica o publicitário.

Quando a campeã do BBB21 anunciou que estava analisando com calma todas as propostas que recebeu, ela quis ter certeza de que poderia ter sua imagem relacionada à determinada marca a longo prazo, sem se preocupar com insatisfação ou rejeição por parte do público. 

Para as empresas, também é mais interessante ter embaixadores do que garotos-propaganda. Ter uma pessoa pública à frente da marca torna seus valores mais palpáveis e visíveis. "É muito mais fácil gerar identificação", declara o CEO.

Por se tratar de valores, é comum que uma mesma pessoa represente mais de uma marca. A única coisa que não pode acontecer é duas marcas concorrentes terem o mesmo embaixador. "A Juliette é embaixadora do Globoplay, por exemplo. Ela não poderia aparecer depois como embaixadora da Netflix, isso gera um conflito", esclarece João Pedro. 

Collab

Na manhã de segunda-feira (14) Juliette anunciou mais uma marca em suas redes sociais, mas desta vez, como colaboradora --causou até estranheza em parte do público o fato de ela não ser embaixadora mais uma vez. A maquiadora seguiu os passos da também ex-BBB Manu Gavassi para lançar uma coleção própria de roupas na C&A.

Segundo João Camargo, uma collab é ainda maior do que representar uma marca como embaixadora. A colaboração é como se Juliette se tornasse sócia da marca, tendo um alto poder de decisão em cima do produto que levará seu nome. "A pessoa pública tem o mesmo peso que a marca no processo de criação e divulgação", explica ele.

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