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CARY FUKUNAGA

Diretor de novo 007 é acusado de demitir atriz por não fazer topless

Reprodução/Television Academy

Cary Fukunaga com estatueta do Emmy 2014

Cary Fukunaga venceu um Emmy por True Detective; diretor foi acusado de demitir por não fazer topless

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 13/10/2021 - 17h57

Cary Joji Fukunaga, diretor de 007: Sem Tempo para Morrer (2021), foi acusado de demitir a atriz Raeden Greer na primeira temporada de True Detective por não fazer topless em uma cena. A artista de 33 anos revelou a informação após o cineasta defender as mulheres da franquia de James Bond.

Em entrevista ao portal Daily Beast, Raeden disse que Fukunaga pediu para que ela fizesse topless em uma cena da série apesar da realização de nudez não estar incluída em seu contrato. Segundo a atriz, que interpretava a stripper Kelsey Burgess, foi repetido inúmeras vezes que sua personagem não precisaria tirar a roupa.

"Foi desanimador. Me senti mal", afirmou a atriz, que tinha 24 anos à época. "Você não pode simplesmente tratar as pessoas como se elas fossem um par de seios, isso dói muito".

À reportagem, Raeden pontuou que conferiu mais de uma vez no roteiro da cena em questão se Kelsey precisaria tirar a roupa. Ao chegar no dia da gravação, ela notou que seu guarda-roupa contava apenas com um conjunto de folhas e uma tanga fina.

De acordo com Raeden, após ouvir seus protestos, Fukunaga afirmou que ela precisaria fazer topless já que "todas as atrizes da série fazem topless em algum momento". Por sua personagem ser uma stripper, ela também precisaria fazê-lo.

"Ele estava tentando de diferentes maneiras me convencer de que não era grande coisa. Seria de muito bom gosto ou apenas insignificante no fundo. Eu estava tipo: 'Bem, se é tão insignificante, por que ele insiste tanto que eu tenho que fazer isso?'", continuou.

Após se recusar a tirar a roupa, Raeden foi demitida de True Detective por outro produtor. O papel de Kelsey Burgess foi diminuído no roteiro e uma atriz coadjuvante recebeu a "missão" de fazer o topless na cena exigido pelo cineasta.

Foi extremamente horrível. Saber quão pouco eu importava e quão pouco tudo o que eu trazia para a mesa significava para eles. Era como se eu fosse completamente descartável e até mesmo alguém que nunca atuou antes pudesse fazer isso. Basta ir para casa e qualquer outra pessoa faria isso. Foi humilhante e fez sentir-me um lixo. Assim que entrei em meu carro, comecei a chorar e liguei para minha agente. Eu contei o que aconteceu e ela não conseguia acreditar.

Raeden finalizou o seu depoimento criticando a fama que o diretor adquiriu em Hollywood após o seu trabalho em True Detective. Para ela, ver Fukunaga subir ainda mais na carreira é como um tapa na cara.

"E agora, Cary está por aí falando sobre suas personagens femininas --é como mais uma bofetada na cara continuamente. Sim, ele teve uma carreira ilustre. [True Detective] foi um divisor de águas para ele. E o que aconteceu comigo? Ninguém se importa", concluiu.

Fukunaga venceu o Emmy 2014 de melhor direção em série dramática por seu trabalho em True Detective e ainda conta com mais duas indicações na maior premiação da TV dos Estados Unidos. Já Raeden teve pouquíssimos créditos como atriz na carreira, entre eles uma participação na quinta temporada da cancelada NCIS: New Orleans (2014-2021).


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