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LEANDRO MATOZO

Cinegrafista da GloboNews é agredido por apoiador de Bolsonaro em Aparecida

REPRODUÇÃO/TWITTER

Imagem de Leandro Matozo, com sangue na mão, após ser agredido em Aparecida (SP)

Leandro Matozo, repórter cinematográfico da GloboNews, foi agredido durante cobertura em Aparecida (SP)

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 12/10/2021 - 22h56
Atualizado em 13/10/2021 - 19h07

Leandro Matozo, repórter cinematográfico da GloboNews, foi agredido por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro durante a cobertura da visita do político ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, localizado em Aparecida (SP). Nesta terça-feira (12), o militante pró-governo deu uma cabeçada no rosto do profissional, o que ocasionou um sangramento no nariz do jornalista.

"No final da tarde, nossa equipe decidiu gravar na parte externa da igreja, quando fomos surpreendidos por um apoiador do presidente Bolsonaro. Ele nos abordou com xingamentos contra a TV e não parou. Em um determinado momento, disse: 'Se pudesse, mataria vocês'. Após essa ameaça, meu parceiro Victor Ferreira gritou para os policiais que estavam próximos. O agressor continuou me insultando e, em seguida, deu uma cabeçada no meu rosto. Meu nariz sangrou muito na hora", detalhou Matozo no Twitter.

Na rede social, o jornalista afirmou que as medidas judiciais estão sendo providenciadas. Ferreira, que acompanhava Matozo na cobertura, disse que o caso foi registrado na polícia.

"Registramos uma ocorrência na PM, que não quis conduzir o agressor para a delegacia para não 'prender a viatura' no DP, alegando uma tal resolução 150. O agressor foi liberado antes mesmo que nós e ainda pegou carona no carro da PM para voltar ao Santuário", afirmou Ferreira.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo classificou a atitude do apoiador do presidente como um "ato covarde". "A agressão é um ato de ataque à liberdade de imprensa. Atinge a ponta mais exposta nesse processo, que é o profissional da comunicação. Um trabalhador que, no Dia das Crianças, deixou seu filho em casa para trabalhar e é agredido de maneira covarde", pontuou a associação, em comunicado divulgado na rede social.

Procurada pela Notícias da TV, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso será investigado pela Polícia Civil, mas que Matozo teria se recusado a passar por atendimento médico após a agressão. A Globo informou que se solidariza com o profissional e que providências legais estão sendo tomadas.

Confira os tuítes sobre o caso:

Confira o posicionamento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo:

"A Polícia Militar esclarece que foi acionada para atender uma ocorrência de desinteligência entre um professor e um cinegrafista, na tarde desta terça-feira (12), por volta das 17h, no pátio do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. No local, os agentes encontraram as partes, e uma delas estava com ferimentos --o homem se recusou a passar por atendimento médico.

Os dois foram ouvidos pelos policiais, que registraram um BOPM, e os orientaram a prosseguir com o registro do fato na delegacia da área. A Polícia Civil, ao tomar conhecimento do caso, registrou um boletim de ocorrência e trabalha para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos."

Confira o posicionamento da Globo:

"A Globo repudia a agressão sofrida por Leandro Matozo, um profissional exemplar, e se solidariza com ele. Está tomando as providências legais para apoiá-lo. Informa que, nesses casos, segue sempre protocolo para garantir a segurança de seus jornalistas."


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