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LUTO PROFUNDO

Carlos Alberto de Nóbrega explica por que se calou diante da morte de Jô Soares

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

O humorista Carlos Alberto de Nóbrega em duas fotos, ambas de roupão e com feição desolada

O humorista Carlos Alberto de Nóbrega; ele preferiu chorar a morte do amigo em silêncio

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 5/8/2022 - 21h25

Desolado, Carlos Alberto de Nóbrega explicou o porquê de ter declinado dos pedidos de entrevista para falar sobre Jô Soares (1938-2022). O humorista disse que precisava ficar em silêncio para lidar com a dor de perder um de seus principais amigos. "Eu chorei a morte do maior gênio que surgiu na televisão brasileira", lamentou.

O comediante gravou um vídeo na noite desta sexta (5) para exaltar as décadas de parceria com Jô. "Quero que vocês entendam uma coisa: eu fiz uma troca. Eu troquei as dezenas de pedidos de entrevista pelo silêncio. Eu queria que o meu choro fosse só meu", disse.

"Porque a vida não é só sucesso, não é só dinheiro, é o que a gente planta, são as amizades que a gente tem. Eu chorei a morte do maior gênio que surgiu na televisão brasileira. Não conheci ninguém mais culto que o Jô", acrescentou Nóbrega.

Ele ainda relembrou algumas histórias da época em que ele e o colega tinham 20 e poucos anos, como quando comprou um carro quebrado. "Eu falei: 'vou devolver e se eles não aceitarem vou dar uma surra. e sabe o que o Jô falou? 'Eu vou sentar em cima dele'. Ele tinha 150 quilos na época", disparou.

Eu chorei pela ditadura que não permitia que se lessem determinados livros que eles queimavam. E várias vezes eu ligava para a casa do Jô e dizia: 'olha, os homens estão procurando livros'. Eu tinha um carro com porta-malas grandes e os escondia lá. Dias depois trazia de volta.

Entre a Globo e o SBT

Carlos Alberto ainda lembrou que, apesar da relação pessoal, o destino acabaria os levando para caminhos completamente diferentes profissionalmente. "A vida nos separou. Quando eu achava que deveria te ver nos Trapalhões (1974-1995), eu saí e vim para o Silvio Santos", disse, em referência ao SBT.

Ele, inclusive, foi responsável por levar Jô para a rede dos Abravanel em que fez sucesso com o Jô Soares Onze e Meia (1988-1999):

Uma das primeiras coisas que eu fiz quando assumi a direção artística foi chamar o Jô para trabalhar comigo: 'você teria coragem de ir trabalhar no SBT'? Ele falou: 'o dinheiro do Silvio é igual ao do Roberto Marinho. Se ele me der uma chance de fazer uma entrevista…' Nunca falei isso para ninguém”.

Confira o desabafo de Carlos Alberto de Nóbrega:


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