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ALEGA INOCÊNCIA

Belo pede desculpas por show com aglomeração: 'Cidadão com contas a pagar'

DANIEL PINHEIRO/AGNEWS

Belo durante a live Belo In Concert em julho último, no Rio de Janeiro

Belo durante a live Belo In Concert em julho último, no Rio de Janeiro; cantor preso por show com aglomeração

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 17/2/2021 - 23h13

Marcelo Pires Vieira, o cantor Belo, pediu desculpas publicamente por ter feito um show com aglomeração no sábado (13), no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. O músico foi preso nesta quarta-feira (17) e prestou depoimento à polícia na Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), na Cidade da Polícia. Em comunicado, o artista se declarou inocente e um "cidadão com contas a pagar".

O pagodeiro virou alvo da polícia por ter feito um show e causado aglomeração em meio à pandemia do coronavírus. Como o evento foi realizado no interior de uma Escola Municipal do Parque União, a polícia também investiga uma suposta invasão ao colégio.

Além disso, como a apresentação ocorreu em uma área de tráfico, a polícia investiga se o evento teria relação com a organização criminosa por precisar de autorização de uma facção para acontecer.

Além do cantor, o DCOD abriu um inquérito e cumpriu mais três mandados de prisão preventiva. Os nomes são: Célio Caetano e Henriques Marques, sócios da produtora; Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do tráfico no Parque União.

Em comunicado oficial publicado em seu perfil no Instagram, Belo se declarou desolado com a situação e afirmou que sua contratação foi totalmente legal, com documentos e notas fiscais entregues para a polícia.

Ele ressaltou que não tinha conhecimento de que o local para o evento era uma escola. De acordo com Gracyanne Barbosa, o pagodeiro passou a tarde "chorando e muito triste". Leia a íntegra:

"O cantor Belo, sua família e equipe estão surpresos e consternados com o mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (17) no âmbito da investigação sobre a apresentação do músico em evento no último sábado (13), no Complexo da Maré, Zona Norte da capital fluminense. O show foi legalmente contratado pela produtora Série Gold, conforme comprovam notas fiscais e outros documentos já entregues às autoridades.

O espanto se dá em razão da prisão ter ocorrido mesmo após parecer contrário do Ministério Público (MP) e também da falta de isonomia quando se trata de apresentações artísticas durante a pandemia da Covid-19, pela qual Belo teve a saúde acometida há três meses e a agenda cancelada integralmente há um ano.

Ciente da gravidade da crise sanitária, Belo pede desculpas por ter se apresentado em uma aglomeração. O cantor retomou há pouco uma agenda parcial de shows, com compromissos ainda insuficientes para reverter o prejuízo dos meses em que esteve impedido de trabalhar, enquanto indústria, comércio e outras atividades de lazer --inclusive as casas de show-- voltaram a funcionar, ainda que com restrições. Como qualquer brasileiro, Belo é um cidadão com contas a pagar por meio de sua atividade profissional e sempre o fará sem distinções, principalmente de classe social.

Completa o estado de choque do cantor o fato de que o evento de sábado não foi o primeiro e nem será o último em que aglomerações fugiram do controle dos organizadores. No entanto, chamou atenção das autoridades, de maneira mais expressiva, justamente um episódio na Maré, uma das maiores favelas cariocas, onde eventos culturais já são comumente reprimidos pela ideia de que os moradores de comunidades não merecem vivenciar a arte da mesma maneira do que aqueles que residem em áreas mais ricas da cidade.

Ecoando o questionamento feito ao longo do dia nas redes sociais, a equipe de Belo também se pergunta se a situação seria a mesma caso o show ocorresse em bairros da Zona Sul e com artistas de gêneros musicais menos negligenciados do que o pagode. Um exemplo dessa distinção é o fato de não haver registro de prisões na interdição de um baile de carnaval realizado na mesma data, na Lagoa.

Em seu show, Belo buscou, como feito em todos os trabalhos da carreira, a proteção de seu staff, dentro das escolhas que lhe cabiam. Os cuidados com o público eram de responsabilidade do contratante, bem como a escolha do local em que a apresentação ocorreu. Não havia conhecimento prévio, por parte do músico, de que o local em questão era a escola municipal Ciep 326.

Pai de quatro filhos que estão ou já estiveram em idade escolar, Belo respeita a educação, principalmente a que acolhe crianças da periferia e não compactua com qualquer situação em que seja invadida e desrespeitada uma instituição de ensino.

No mais, Belo e equipe informam que irão buscar reverter a prisão judicialmente, bem como comprovar, com o cantor em liberdade, sua inocência em relação ao caso".

Veja publicação de Belo:


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