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ANA HIKARI

Atriz de Malhação desabafa sobre ataque racista na pandemia: 'Não sou um vírus'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A atriz Ana Hikari caracterizada como a Tina em cena de Malhação: Viva a Diferença

Ana Hikari em cena de Malhação: Viva a Diferença (2017) como a Tina: preconceito contra orientais

REDAÇÃO

Publicado em 1/8/2020 - 15h32

Atualmente no ar com a reprise de Malhação: Viva a Diferença (2017), Ana Hikari lamenta que o preconceito contra orientais tenha aumentado com a pandemia de coronavírus (Covid-19). A própria atriz já foi alvo de comentários racistas no início da crise sanitária pela sua descendência asiática. "Eu não sou um vírus", lamentou.

Em uma conversa com a médica Thelma Assis no É de Casa deste sábado (1º), a intérprete da Tina revelou que um rapaz branco a menosprezou na fila do banheiro durante uma festa de Carnaval. "Ele me olhou de cima abaixo e disse para mim: 'ai, amiga, sai com esse coronavírus daqui'. Eu não sou um vírus, as pessoas não podem reduzir alguém a um vírus", contou.

A artista se juntou a outros influenciadores na Internet em uma campanha para alertar a sociedade sobre a discriminação contra os povos amarelos. Ela também se queixou de que alguns amigos chegaram a sofrer agressões físicas no ambiente de trabalho.

"Tenho colegas que sofreram de maneira um pouco mais bruta. Uma estava no trabalho e jogaram álcool gel na sua cara por ser descendentes de asiáticos", lastimou.

Segundo a jovem, esse preconceito está enraizado há muitos anos entre os brasileiros, fruto de um mito de que o Império Japonês queria dominar o mundo --o chamado "perigo amarelo". "Muitos têm o primeiro nome abrasileirado e o segundo nome japonês, como eu tenho. Era mais fácil de se inserir dentro da sociedade brasileira", explicou.

Além dos comentários maldosos e dos olhares de reprovação, Ana ainda precisou se preocupar com mãe Makiko Takenaka, que é profissional de saúde e está na linha de frente no combate à Covid-19. "Eu ficava aflita e eu tentei convencer ela de pedir uma licença, para deixar o trabalho. Mas ela disse que essa foi a profissão que ela ama, que tinha que cumprir com que escolheu para vida", disse.

Assim como a personagem de Hikari na trama de Cao Hamburger, a matriarca também se apaixonou e casou com um homem negro --outra minoria na sociedade brasileira. "Já aconteceu de o meu pai entrar na farmácia e a gerente abordá-lo e falar para ele ir embora porque ele não ia ter dinheiro para pagar, que ele estava roubando", relembra a atriz.

 Assista a um trecho da entrevista de Ana Hikari no É de Casa

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