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LUTO

Aos 63 anos, Claudia Jimenez morre no Rio de Janeiro; Falabella faz homenagem

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A atriz Claudia Jimenez em entrevista na Globo

Claudia Jimenez em entrevista na Globo; atriz estava internada em hospital no Rio de Janeiro

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 20/8/2022 - 9h16
Atualizado em 20/8/2022 - 13h37

A atriz Claudia Jimenez morreu no início da manhã deste sábado (20) no Rio de Janeiro. Ela tinha 63 anos, estava internada no hospital Samaritano e enfrentava um tratamento contra um câncer no tórax. Ela morreu de insuficiência cardíaca. O velório teve início ao meio-dia no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, e está previsto para ser encerrado às 16h30.

Um dos primeiros a fazer uma homenagem à artista foi o humorista Miguel Falabella: "A nós, resta a saudade e a responsabilidade de manter viva a memória do seu imenso talento! Te amo! Descanse em paz".

Muito lembrada como intérprete de Dona Cacilda, da Escolinha do Professor Raimundo (1990-1995 e 2001), e de Edileuza, do Sai de Baixo (1996-2002), Claudia enfrentou diferentes problemas de saúde desde 1986, quando procurou um médico para curar uma tosse persistente e descobriu que tinha câncer, um tumor maligno no mediastino, atrás do coração. 

A artista chegou a ser desenganada, mas se curou da doença. As sessões de radioterapia, porém, causaram outro problema de saúde na humorista. Os médicos acreditam que o tratamento pode ter afetado os tecidos do coração, o que a obrigou a fazer pelo menos três cirurgias nos anos seguintes.

Em 1999, ela se submeteu a uma operação e colocou cinco pontes de safena. Em 2012, para a substituição da válvula aórtica, ela fez um novo procedimento cirúrgico. A terceira cirurgia foi em 2014 para um marca-passo.

O último trabalho de Claudia foi na novela Haja Coração (2016), como a hilária  Lucrécia Abdala. Durante a pandemia da Covid-19, a trama escrita por Daniel Ortiz foi reapresentada na Globo entre outubro de 2020 e março de 2021.

Quem foi Claudia Jimenez?

Filha de um cantor de tangos e caixeiro viajante e de uma empacotadora de bala de coco, Claudia Maria Patitucci Jimenez nasceu na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, em 1958. Ela fez magistério, com especialização em maternal e jardim de infância, e já na juventude começou a se dedicar ao teatro amador. 

A artista estreou na TV Globo em 1979, na série Malu Mulher. Na década seguinte, ela integrou o humorístico Os Trapalhões (1974-1995) e, em seguida, participou por quatro anos do programa Viva o Gordo )1981-1987), com Jô Soares (1938-2022).Claudia também fez parte do elenco de Chico Anysio Show (1960-1963 e 1982-1990) e da série Armação ilimitada (1985-1988).

Foi como a divertida Dona Cacilda, da Escolinha do Professor Raimundo, em 1990, que Claudia ganhou destaque. Nas participações, ela desconsertava o cansado professor Raimundo, interpretado por Chico Anysio, com suas tiradas atrevidas. Ela imortalizou o bordão "beijinho, beijinho, pau pau", em referência à música "Beijinho, beijinho, tchau, tchau", de Xuxa.

Já em 1996, Claudia começou a dar vida a Edileuza, empregada fogosa e desbocada da série Sai de baixo, ao lado de Miguel Falabella, Aracy Balabanian, Luis Gustavo (1934--2021) e Tom Cavalcanti. Ela também fez participação em Os Normais, em 2002.

A atriz fez várias novelas, começando com Ti Ti Ti em 1985 até a última, que foi ao ar duas vezes na faixa das 19h, Haja Coração, respectivamente em 2016 e 2020.

Globo lamenta morte e faz homenagem

A Globo lamentou a morte de Claudia Jimenez em uma extensa nota, onde lembrou seus papéis na televisão, principalmente no humor. Para homenageá-la, a emissora decidiu reprisar um episódio de Sai de Baixo (1996-2002) neste domingo (21), após o Fantástico. 

"Os maiores destaques da carreira da atriz foram seus personagens cômicos. Nos seriados ‘Armação Ilimitada: Jambo para Matar’ (1985), ‘Os Normais: Especialmente Normal’ (2002), ‘A Vida Alheia’ (2010),dentre outros, a artista sempre deixou sua marca, mas foi a Edileuza, de ‘Sai de Baixo’ (1996), que arrebatou definitivamente o coração do público brasileiro e garantia, aos domingos, depois do ‘Fantástico’, as melhores gargalhadas do telespectador", disse a emissora.

"Um capítulo à parte da vida de Claudia Jimenez foi sua trajetória ao lado de Chico Anysio, que teve início em 1982, no ‘Chico Anysio Show’, e se estendeu por mais de 10 anos. O personagem de maior destaque foi Dona Cacilda, da ‘Escolinha do Professor Raimundo’. Seu último trabalho na TV Globo foi em 2018, quando protagonizou a minissérie ‘Infratores’, no ‘Fantástico’ como a professora de autoescola Bibi", completou a empresa.

Miguel Falabella dá adeus

Após a divulgação da morte da atriz, o ator Miguel Falabella fez uma homenagem à amiga em seu perfil no Instagram. "Fui procurar uma foto para ilustrar essa postagem e me deparei com uma vida. Agora, estou deitado, passando um filme na minha cabeça, tentando me agarrar às tantas gargalhadas que demos, ao prazer de atuar juntos, ao seu único e irreproduzível tempo de comédia", escreveu o humorista, que continuou:

Você estará para sempre usando aquele biquíni selvagem que nos ensolarou a existência, Claudinha. Hoje todas as homenagens são suas e os refletores de todos os teatros do Brasil reluzem para você. Obrigado por ter caminhado a meu lado nesta passagem. Betty Lago [1955-2015] e Mercedinha certamente vão recebe-la em festa! A nós, resta a saudade e a responsabilidade de manter viva a memória do seu imenso talento! Te amo! Descanse em paz.

Veja o post do ator e escritor: 

Homenagens nas redes sociais

Veja outras homenagens a Claudia Jimenez feitos pelo novelista Walcyr Carrasco, o humorista Helio de La Peña e o ator Marcelo Médici.


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