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PREMISSA BATIDA

Almas gêmeas, humor e disputa por poder: Qual o 'borogodó' de Mar do Sertão?

FOTOS: RONALD SANTOS CRUZ/TV GLOBO

Isadora Cruz, caracterizada como Candoca, dá um leve sorriso para a câmera no ensaio de divulgação de Mar do Sertão

Candoca (Isadora Cruz) é a protagonista da novela; mocinha viverá perda e lutará por justiça

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 20/8/2022 - 6h45

Mar do Sertão estreia na próxima segunda (22) com uma mistura de vários clichês. A trama conta com um triângulo amoroso, a premissa batida do mocinho que é dado como morto e a representação frequente do Nordeste, debruçada em cenários de seca e roupas de couro à la Cordel Encantado (2011). Para se destacar, a novela promete abordar temas de relevância social com uma mistura de humor e drama.

De forma geral, a sinopse é semelhante à de Flor do Caribe (2013), recentemente reapresentada no horário. Candoca (Isadora Cruz) perderá o noivo, Zé Paulino (Sergio Guizé), às vésperas do casamento. O rapaz será dado como morto durante uma viagem, mas reaparecerá após dez anos. A essa altura, Tertulinho (Renato Góes), o maior rival do boiadeiro, terá se casado com a mocinha.

Mas o sentimento que liga os protagonistas não terá morrido. Isadora Cruz define a relação como um "amor puro, de outras vidas". Mais do que isso: eles terão tido um filho, Manduca, e a conexão com a criança ligará o casal para o resto de suas vidas.

Se a premissa não é inédita, tampouco a abordagem --retratar o Nordeste como um grande espaço interiorano e seco não é novidade--, Mário Teixeira promete inovar ao fazer da novela uma "dramédia". "Alguém já disse que é rindo que se castiga os costumes, e eu concordo plenamente com isso", disse o autor, em conversa com a imprensa na última semana.

O núcleo em que isso ficará mais evidente é o do prefeito Sabá Bodó (Welder Rodrigues), um político poderoso e corrupto, mas engraçadinho. Interpretado por um ator que fez carreira no humor, o personagem promete infernizar a vida de Candoca, uma justiceira convicta. A mocinha defenderá o meio ambiente, os animais, os pobres e tudo mais que puder. Os embates renderão uma prisão à protagonista ainda na primeira semana da trama.

Apesar da seriedade dos temas, a novela quer discutir com bom humor. Érico Brás, que viverá o jornalista Eudoro Cidão, vê a abordagem como o grande destaque do folhetim. "Quando perguntam do que vamos encher o coração do público, a primeira coisa que pensei foi em alegria. A gente está num momento de transição, e acho que o público, há muito tempo, não tem uma novela tão alegre em todos os sentidos", afirmou ele também em papo com a imprensa.

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Já Débora Bloch ressaltou o coronelismo, que também estará presente na novela. De acordo com a atriz, o tema faz parte da "raiz" do Brasil. Ela viverá Deodora, mãe trambiqueira de Tertulinho e mulher do poderoso coronel Tertulio (José de Abreu). "O que enche o coração dela, além do filho, é poder e dinheiro, o que também é uma coisa muito brasileira", afirmou ela à reportagem.

Ainda assim, a novela promete ter um clima de leveza que pode encantar o público. Especialmente se os diálogos forem bem desenvolvidos ou os personagens secundários tiverem tramas mais interessantes.

As amigas Labibe (Theresa Fonseca) e Lorena (Mariana Sena), por exemplo, têm potencial para se destacar. A primeira, uma libanesa supostamente prometida a um sheik, e a segunda, órfã adotada pelo padre Zezo (Nanego Lira), podem tomar o protagonismo da novela para si --assim como os núcleos de Violeta (Malu Galli) e Heloísa (Paloma Duarte) em Além da Ilusão.

Outro trunfo são as paisagens de encher os olhos, que fazem sucesso em Pantanal. A própria Debora Bloch mencionou a novela das nove ao anunciar suas expectativas para a trama. Isadora Cruz também ressaltou a importância do ambiente ao desenvolvimento da história.

"A natureza tem uma energia muito forte daquelas pedras do Catimbau, do Rio São Francisco e Piranhas [município de Alagoas]. Acho que pôde trazer um 'borogodó' para o nascimento dos personagens e as pessoas de lá", disse.

Ao menos, boa parte do elenco é nordestina, evidenciando a maior busca por representatividade na emissora. Ainda assim, a maneira genérica de tratar os nove Estados que compõem a região desagrada. Isso sem contar a aura do folhetim, que remete a uma novela de época, e não a uma novela dos tempos atuais. É como se o desenvolvimento não tivesse chegado ao Nordeste.

O autor se adiantou às críticas na coletiva de imprensa e afirmou que a trama é uma fábula, ambientada em um cenário fictício e com personagens também fictícios. Allan Fiterman, diretor da obra, por outro lado, mencionou a "cultura nordestina". Ele, aliás, está se debruçando em uma trilha sonora tradicional. Tom Zé e Elba Ramalho repaginaram clássicos do forró e da música popular brasileira.

A esperança é que a novela seja aconchegante, um clichê gostoso de assistir no final da tarde. Também é importante que não perca a mão do meio para o fim, como O Tempo Não Para (2018), do mesmo autor. Apesar das críticas, afinal, as expectativas do público parecem ser altas.

Mar do Sertão estreia nesta segunda (22), substituindo Além da Ilusão na faixa das seis. Escrita por Mário Teixeira e dirigida por Alan Fiterman, a novela se debruça na história de um casal que foi separado pelas ranhuras do destino.


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