PENAS BRANDAS
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Antonia Fontenelle coleciona brigas com famosos; algumas foram parar em processos judiciais
Antonia Fontenelle é reincidente quando o assunto é criar confusão e ofender pessoas famosas na internet. Ela já foi processada por difamação e xenofobia, por exemplo, mas continua abrindo a boca sem considerar possíveis grandes danos --seu caso mais recente foi a exposição da violência sofrida pela atriz Klara Castanho e o julgamento errôneo em relação à atitude dela de entregar o bebê que teve, fruto de um estupro, para adoção. Antonia não só leva punições relativamente brandas pelos atos que comete como também mais ganha do que perde com eles.
Nos últimos anos, a ex-atriz deixou a carreira na teledramaturgia e no teatro para se dedicar a uma carreira de influenciadora e criadora de conteúdo na internet, com canal no YouTube e lives no Instagram.
Mas, por meio destes conteúdos, ela já fez afirmações e acusações graves contra pessoas públicas e proferiu falas com teor preconceituoso. Famosos como Luciana Gimenez, Felipe Neto e Gisele Itié processaram Antonia (além de outros que apenas a bloquearam ou a criticaram).
Ela, no entanto, não teve grandes perdas com as batalhas judiciais e ainda saiu no lucro: a cada bafafá na internet, a influenciadora ganha mais repercussão, chama mais a atenção, é seguida por pessoas que têm pensamentos similares ao dela e cresce na mídia. Tanto que agora é pré-candidata a deputada federal. Propagar ódio e ofender pessoas com alguma proeminência na sociedade se tornou um jogo lucrativo.
Relembre processos aos quais Antonia respondeu:
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Irmãos Neto tiveram vitória judicial contra Antonia
Em 2020, ela publicou no Instagram um vídeo editado com falas fora de contexto dos irmãos Felipe Neto e Luccas Neto e afirmou que os dois praticavam pedofilia e erotização de menores de idade. Também os ofendeu e fez acusações graves e vulgares sem ter provas (como a afirmação de que os irmãos ensinavam crianças a "tacar fogo em casa com maçarico"). Eles a processaram por seis crimes de calúnia, injúria e difamação.
Em dezembro de 2021, Antonia foi julgada, considerada culpada pelos crimes. A princípio, a pena seria de um ano de prisão, mas foi substituída por prestação de serviços comunitários e uma multa de R$ 8 mil.
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Giselle processou Antonia por xenofobia
O desentendimento entre elas começou quando Giselle Itié demonstrou seu apoio a Dani Calabresa, após acusações de assédio sexual feitas pela comediante contra Marcius Melhem. Giselle contou que passou por uma situação parecida aos 23 anos, quando um diretor a assediou.
A atriz não citou nomes, mas Antonia deduziu que ela estava falando de Marcos Paulo (1951-2012), que foi diretor da Globo e seu marido. Ela então atacou Giselle: "Desgosto. Triste saber que existem mulheres como você, dona Giselle. Volta pro México é o melhor que você faz".
Pela frase "volta pro México", onde Giselle nasceu, Antonia foi processada por xenofobia e racismo, em fevereiro de 2021. Segundo depoimento do advogado da mexicana para a Folha de S.Paulo, Giselle queria uma indenização e que Antonia fosse punida. O processo, no entanto, foi arquivado pelo ministério público, e a influenciadora comemorou em suas redes sociais.
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Luciana exigiu não ser mais mencionada
A apresentadora entrou com ação contra a influenciadora após uma entrevista feita por Antonia com Jorge Kajuru. No material, publicado no canal da loira no YouTube, Kajuru chamou Luciana de "mulher de programa" e "mulher desqualificada".
Além de já ter vários processos contra Kajuru, Luciana também processou Antonia por ter se sentido ofendida. Em maio de 2021, a Justiça deu ganho de causa à apresentadora. Antonia ficou proibida de citar o nome de Luciana Gimenez em seu canal, sob pena de ter de pagar R$ 20 mil a cada citação.
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Juliette defendeu seu Estado, a Paraíba
Em julho de 2021, Antonia usou os termos "esse paraíba" e "faz paraibada" de forma pejorativa para se referir a DJ Ivis, que foi preso por agredir a ex-mulher. Tais expressões, utilizadas como formas de xingamento, podem caracterizar crime de intolerância.
Juliette Freire, campeã do BBB21 e paraibana, se pronunciou sobre o caso. "Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe 'ser paraíba' e 'fazer paraibada', existe ser paraibana/o, o que sou com muito orgulho. Tire seu preconceito do caminho, que vamos passar com nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum", afirmou ela em post numa rede social.
Antonia afirmou que sua fala foi tirada de contexto. Na época, um advogado paraibano entrou com ação contra ela por esse caso, mas ele não compareceu a uma audiência, e o juiz declarou o processo como extinto.
Em maio deste ano, no entanto, Antonia virou ré pelos ataques contra DJ Ivis. Ela foi indiciada pela Justiça da Paraíba na Lei do Racismo, por crime de preconceito ou discriminação. A ação penal ainda não teve sua sentença final.
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