ATRIZ BISSEXUAL
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Ana Hikari vive um relacionamento com um homem, mas isso não apaga bissexualidade
Bissexual e em um relacionamento com um homem, Ana Hikari explicou como se incomoda com o julgamento de pessoas alheias que querem rotular seu namoro. "Acham que eu virei hétero", contou a atriz. A intérprete de Tina em Malhação - Viva a Diferença (2017) está gravando Quanto Mais Vida, Melhor, próxima novela inédita da faixa das 19h da Globo.
Ana namora o funcionário público Gersínio Neto, que recentemente teve uma publicação viralizada no Twitter. "Muitas coisas me incomodam. As pessoas quando sabem que estou num relacionamento sério com um homem acham que eu virei hétero. Isso é uma desinformação", pontuou a artista em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
"Porque uma pessoa bi não deixa de ser porque ela está com uma pessoa de um gênero X. Não é a pessoa com quem estou me relacionando que vai definir a minha bissexualidade. É um tipo de coisa que me incomoda muito. E faz parte da invisibilização da bissexualidade. As pessoas acham que não existe", explicou ela, que também se irrita com questionamentos invasivos.
"Me perguntam muito também sobre nosso namoro ser aberto ou fechado. Relacionamento é algo que a cada dia a gente faz uma construção diferente. Esse assunto é íntimo", defendeu a funcionária da Globo.
Recentemente, o namorado de Ana Hikari viralizou no Twitter ao compartilhar um relato que ajudou a mudar a vida de um rapaz que trabalha como entregador de aplicativo.
"Ele pediu uma comida num aplicativo. O rapaz chegou já pedindo desculpas pela demora. O menino tinha andado mais de sete quilômetros para entregar a refeição, precisou atravessar a Radial Oeste, que é uma avenida enorme. É uma via expressa, então, os carros passam muito rápido. Ele estava de bicicleta, andou essa distância toda e chegou pedindo desculpa", relembrou a atriz.
"Gê ficou muito sentido com essa situação, tranquilizou o rapaz. Aí ele subiu, ficou pensando no assunto e tentou achar alguma forma de ajudá-lo. Pensou em dar uma bicicleta para ele. Ele compartilhou no Twitter, pediu para eu retuitar para as pessoas ajudarem a achar. Aí o negócio deu uma viralizada", relatou.
"Teve mais de 150 mil curtidas, compartilhamentos... Foi uma coisa louca porque acharam o rapaz, que tem 18 anos. Ele veio do interior da Bahia, assim como meu namorado. Foi criada uma vaquinha, que já tinha chegado a uns R$ 50 mil. O garoto queria ter dinheiro para ter uma moto, tirar a carteira e ajudar a família, que ainda trabalha na roça", lamentou Hikari.
"Essa corrente de ajuda começou num tuíte. Conversamos com ele, estamos ajudando a pensar na educação. As pessoas às vezes não conseguem completar o Ensino Médio porque precisam ajudar em casa. Não queremos que ele se deslumbre nem se assuste com ter ficado famoso. Aconselhamos o Wagner a continuar a estudar. Porque educação é a base de tudo", avaliou.
Feminista, militante pelos movimentos LGBTQ+ e defensora dos amarelos e negros, Ana fica feliz por dividir os mesmos ideais que seu parceiro.
"Trabalho com a visibilidade que eu tenho, não para vender coisas, mas para informar. Já tem muita gente que influencia através da desinformação, e ele estuda muito. Ele tem muito conhecimento em História. É formado nisso além do Direito. É bem legal", constatou ela na conversa com a coluna de Kogut.
Além da novela da Globo, a paulistana está no vídeo Entendendo Orientais no Brasil, do youtuber Leo Hwan, em que fala sobre as vivências de jovens asiáticos no Brasil.
"É um vídeo que fala das origens da nossa compreensão de pessoas amarelas. É uma identidade que não é muito falada. É uma incógnita para brasileiros asiáticos. E nós falamos sobre isso. O motivo de ser diferente o que a gente passa do que uma pessoa branca e do que uma pessoa negra passam. É muito bonito e emocionante o vídeo", concluiu.
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