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FRACASSO?

Pay-per-view do BBB 22 vai na contramão da TV paga e bate recorde de vendas

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Tadeu Schmidt no estúdio do BBB 22 com uma camisa preta e um sorriso

Tadeu Schmidt no BBB 22: programa bate recorde de vendas do pay-per-view na TV por assinatura

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 17/3/2022 - 17h44

O pay-per-view do BBB 22 bateu seu recorde de vendas na TV por assinatura, mesmo com o serviço cada vez mais em baixa no Brasil. Vendido pelas quatro principais operadoras do país (Claro/Net, Oi TV, Sky e Vivo), a edição atual do reality da Globo ultrapassou a antiga marca, obtida com o BBB 21. O preço em conta e a alta expectativa para a competição em janeiro ajudam a explicar os números.

Segundo apurou o Notícias da TV com diversas fontes do mercado de TV paga, foram vendidas 521 mil assinaturas entre 25 de dezembro e 11 de março. Claro/Net e Sky, por serem as empresas líderes nos números de assinantes, comercializaram 75% desses pacotes --que pode ser pago em até quatro vezes, sendo R$ 22,90 por mês. 

Na edição passada, vencida por Juliette Freire, as operadoras conseguiram 515 mil pacotes no total --vendido pelo mesmo valor deste ano. Mesmo com o conteúdo criticado, o reality show comandado por Tadeu Schmidt se tornou a principal audiência da Globo e tem projeção de faturamento publicitário de R$ 1 bilhão.

Um fato que explica a alta adesão nos últimos anos é o barateamento da assinatura. Por causa do Globoplay, as TVs pagas passaram a vender o pay-per-view a preços similares a assinatura do streaming. Até 2019, ver o Big Brother 24 horas por dia custava algo na casa de R$ 200. 

O número de vendas chama ainda mais a atenção quando se nota a atual realidade da TV paga no Brasil, que vive uma queda livre sem precedentes por causa da crise econômica e do avanço das plataformas de streaming. Recentemente, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) teve que mudar o critério de contagem de clientes para aumentar a base das operadoras.

Somente em 2021, houve uma retração de 1,4 milhão de clientes. Foram 13,414 milhões de assinantes de TV paga em dezembro de 2021, contra 14,830 milhões do mesmo mês em 2020. Com a adição de quem tem apenas o equipamento e recarrega com canais quando bem entender, contagem adotada em novembro do ano passado, a base sobe para 16,040 milhões de usuários.

Dezembro de 2021 foi o período mais cruel do ano para as operadoras, com uma queda de quase 410 mil clientes, a maior retração já registrada em um único mês.

A análise individual de cada empresa aponta que a Claro/Net, maior operadora do Brasil, deixou de ter cerca de 834 mil assinantes de TV paga em 2021. É a maior perda anual da companhia desde que começou a operar no Brasil, no fim da década de 2000.

A Sky, segunda maior em número de clientes, enfrentou uma fuga maior de cliente: 855 mil. A derrocada se explica por causa das mensalidades mais caras do serviço e pelo fato de a empresa ter apenas TV paga como seu carro-chefe. A Claro oferece internet banda larga conjuntamente.


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