Jade repete discurso de Karol Conká e se torna vilã odiada do BBB 22

Jade Picon deixou o BBB 22, na última terça-feira (8), tachada como vilã da edição. Eliminada com alto índice de rejeição, a participante repetiu conceitos de Karol Conká, figura já conhecida pelo público do reality. Na temporada passada, a cantora cometeu erros no confinamento que quase custaram sua carreira e abalaram a vida pessoal. Entre os discursos das antagonistas, dois pontos se destacaram: a incoerência e a superficialidade.

Idolatradas por legiões de fãs nas redes sociais, as ex-BBBs confundiram internet e televisão, mas a verdade é que os meios de comunicação têm públicos totalmente distintos, e a opinião de quem assiste ao programa todos os dias tem maior peso em uma votação. 

Flávia Stawski, professora de linguagem estética do curso de Cinema e Audiovisual da ESPM, conta ao Notícias da TV que a imagem do vilão é extremamente necessária para a narrativa do Big Brother Brasil. "Em um reality muito morno, em que todo mundo é bonzinho e ninguém quer se sujar, a Jade caiu como uma luva nesse personagem".

COFRINHO CHEIO

BBB 25: Saiba quanto custa a cota mais cara para patrocinar o reality show

EM JANEIRO

BBB 25: Globo coloca famosos para jogar em duplas em temporada comemorativa

"Bem menos agressiva que a Karol, certamente. No entanto, nos moldes desta edição, é o que temos. Uma aprendiz de vilã. Elas não mediram as consequências do que essas exposições trariam para as carreiras delas. Acharam que iriam reinar absolutas, sair com um milhão de reais no bolso ou milhões de seguidores nas redes sociais, e acabaram sendo colocadas nesse papel de vilãs, que o Big Brother ama e precisa", destaca.

A expectativa da irmã de Leo Picon era tirar o papel de "garota mimada" para surpreender os telespectadores positivamente. Mesmo com as boas intenções, ela agiu de forma confusa ao priorizar sua rivalidade com Arthur Aguiar no jogo --rivalidade esta que surgiu de repente e sem motivos claros. Já Karol pesou as atitudes de forma mais agressiva com Lucas Penteado e Juliette Freire, dois mocinhos da temporada.

"A Jade, dentro dessa narrativa dela, apesar de não querer, foi muito contraditória: quer ser coerente, mas não está percebendo o jogo. Você tem que ser coerente na sua trajetória, sim. Mas olhar o jogo, entender e querer aprender com as pessoas. Ela está achando que está no 'mundo encantado de Jade', mas vemos que é uma menina imatura", define Flávia.

Tanto Jade quanto Karol começaram dizendo que tentavam experimentar outras coisas. A Jade vem com esse discurso de que quer aprender, sair da bolha dela, e a Karol achou que ia reinar linda e poderosa, dizendo que era a opinião dela mesmo, não abaixava a cabeça. As duas são de espectros um pouco diferentes, mas têm a mesma postura de não se aprofundar, e ir apenas até a superfície. Querer uma coisa, mas falar outra. As atitudes dentro de um reality filmado 24 horas por dia acabam caindo por terra. Uma coisa é falar, outra é agir.

Apesar de não conseguir alavancar sua carreira da forma que queria, Jade sofrerá muito menos que a Mamacita. Ao passo que a rapper precisou inaugurar a série de participações dos BBBs no Domingão, além de ganhar o documentário A Vida Depois do Tombo (Globoplay), a milionária de 20 anos faturou 5 milhões de seguidores nas redes sociais e continuará aumentando sua fortuna.

Saiba tudo sobre o BBB 22 com o podcast O Brasil Tá Vendo

Ouça "#69 - BBB do amor: A vida louca de quem shippa casal num reality" no Spreaker.

Inscreva-se no canal do Notícias da TV no YouTube para conferir nossos boletins diários, entrevistas e vídeos ao vivo sobre reality show: