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CASO SEGUE

Fora do BBB21, Nego Di será interrogado pela polícia por intolerância religiosa

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Imagem de Nego Di concentrado no BBB21, com blusa branca estampada

Nego Di no BBB21; comediante será interrogado pela Polícia Civil após denúncias de intolerância religiosa

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 18/2/2021 - 17h27

Eliminado do Big Brother Brasil 21, Nego Di será interrogado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro durante as investigações sobre a suposta prática de intolerância religiosa no confinamento da Globo. Nesta quinta-feira (18), o órgão confirmou que o caso já começou a ser apurado e que solicitou as imagens do programa para a emissora.

"De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), as investigações estão em andamento. A delegacia aguarda as imagens do programa já solicitadas e irá expedir carta precatória para o participante Negro Di prestar depoimento, uma vez que ele não mora no Rio de Janeiro", informou a assessoria de imprensa da polícia ao Notícias da TV.

O caso foi divulgado pela jornalista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, e confirmado com o órgão pela reportagem. Em 11 de fevereiro, a Decradi abriu inquérito para investigar a suposta prática de intolerância religiosa por Nego Di, Karol Conká, Projota e Lumena Aleluia. A denúncia foi realizada pelo deputado estadual Átila Nunes (MDB-RJ).

Durante uma conversa realizada em 8 de fevereiro, o humorista disse: "Eu xangôzei". Ele fez uma referência ao trocadilho com o orixá Xangô, cultuado pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé. "Cheguei a xangôzar no quarto, véi", completou o gaúcho, o que arrancou risos dos colegas de confinamento.

Em seguida, a cantora também debochou. "Você falando é muito engraçado. 'Eu chamei Xangô, véi'", comentou a rapper ao imitar os gestos de Lumena.

O Notícias da TV entrou em contato com a assessoria do comediante, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

Recorrente no reality

Essa não é a primeira vez em que um participante do programa é acusado de intolerância. Em 2019, Paula von Sperling também foi indiciada pela Decradi por preconceito e intolerância religiosa após realizar comentários direcionados a Rodrigo França, colega de confinamento.

A origem da investigação ocorreu em 6 de fevereiro daquele ano, quando, em conversa com Hariany Almeida, a campeã do BBB19 relatou que não se sentia à vontade de indicar o brother ao paredão: "Ele mexe com esses trecos aí. Ele fala o tempo todo desse negócio de Oxum [orixá da umbanda, religião de Rodrigo] deles, lá, que ele conhece. Eu fico com medo disso tudo".

Hariany tentou alertá-la: "Mas não fala disso, não. As pessoas dessas religiões lá fora vão achar que você é preconceituosa". "Mas eu não sou, não. Nosso Deus é maior", rebateu Paula. O inquérito foi aberto em 11 de fevereiro de 2019. O caso teve andamento após a saída dos participantes do confinamento.

"Imagina tirar a vítima do programa para saber se ele quer representar contra a Paula? Ele, que acabaria expulso da disputa, seria vítima duas vezes", explicou o então delegado do caso, Gilbet Stivanello.

Na ocasião, a Globo negou a possibilidade de existência de um suposto acordo com a Polícia Civil: "A emissora se reserva o direito de decidir pela exclusão do participante, caso por razões legais seja necessária sua saída da casa do BBB, como permite o regulamento do programa."

O inquérito contra Paula foi arquivado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) meses depois, em outubro. "Quem me conhece sabe que nunca houve a intenção de ofensa em relação a nenhum integrante do reality ou sobre qualquer religião. Isso não é e nunca será da minha índole", afirmou Paula após o fato.


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