CASO SEGUE
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Nego Di no BBB21; comediante será interrogado pela Polícia Civil após denúncias de intolerância religiosa
Eliminado do Big Brother Brasil 21, Nego Di será interrogado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro durante as investigações sobre a suposta prática de intolerância religiosa no confinamento da Globo. Nesta quinta-feira (18), o órgão confirmou que o caso já começou a ser apurado e que solicitou as imagens do programa para a emissora.
"De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), as investigações estão em andamento. A delegacia aguarda as imagens do programa já solicitadas e irá expedir carta precatória para o participante Negro Di prestar depoimento, uma vez que ele não mora no Rio de Janeiro", informou a assessoria de imprensa da polícia ao Notícias da TV.
O caso foi divulgado pela jornalista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, e confirmado com o órgão pela reportagem. Em 11 de fevereiro, a Decradi abriu inquérito para investigar a suposta prática de intolerância religiosa por Nego Di, Karol Conká, Projota e Lumena Aleluia. A denúncia foi realizada pelo deputado estadual Átila Nunes (MDB-RJ).
Durante uma conversa realizada em 8 de fevereiro, o humorista disse: "Eu xangôzei". Ele fez uma referência ao trocadilho com o orixá Xangô, cultuado pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé. "Cheguei a xangôzar no quarto, véi", completou o gaúcho, o que arrancou risos dos colegas de confinamento.
Em seguida, a cantora também debochou. "Você falando é muito engraçado. 'Eu chamei Xangô, véi'", comentou a rapper ao imitar os gestos de Lumena.
O Notícias da TV entrou em contato com a assessoria do comediante, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
Essa não é a primeira vez em que um participante do programa é acusado de intolerância. Em 2019, Paula von Sperling também foi indiciada pela Decradi por preconceito e intolerância religiosa após realizar comentários direcionados a Rodrigo França, colega de confinamento.
A origem da investigação ocorreu em 6 de fevereiro daquele ano, quando, em conversa com Hariany Almeida, a campeã do BBB19 relatou que não se sentia à vontade de indicar o brother ao paredão: "Ele mexe com esses trecos aí. Ele fala o tempo todo desse negócio de Oxum [orixá da umbanda, religião de Rodrigo] deles, lá, que ele conhece. Eu fico com medo disso tudo".
Hariany tentou alertá-la: "Mas não fala disso, não. As pessoas dessas religiões lá fora vão achar que você é preconceituosa". "Mas eu não sou, não. Nosso Deus é maior", rebateu Paula. O inquérito foi aberto em 11 de fevereiro de 2019. O caso teve andamento após a saída dos participantes do confinamento.
"Imagina tirar a vítima do programa para saber se ele quer representar contra a Paula? Ele, que acabaria expulso da disputa, seria vítima duas vezes", explicou o então delegado do caso, Gilbet Stivanello.
Na ocasião, a Globo negou a possibilidade de existência de um suposto acordo com a Polícia Civil: "A emissora se reserva o direito de decidir pela exclusão do participante, caso por razões legais seja necessária sua saída da casa do BBB, como permite o regulamento do programa."
O inquérito contra Paula foi arquivado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) meses depois, em outubro. "Quem me conhece sabe que nunca houve a intenção de ofensa em relação a nenhum integrante do reality ou sobre qualquer religião. Isso não é e nunca será da minha índole", afirmou Paula após o fato.
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