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'COM PROTOCOLOS'

Preso por show na Maré, Belo tem evento em SP com ingressos a R$ 1,9 mil

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

De chapéu, Belo segura o microfone enquanto canta em palco

Belo em show; cantor que é alvo de investigação no Rio de Janeiro tem evento marcado em SP

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 18/2/2021 - 17h13

Após passar uma noite preso pela realização de um show ilegal com aglomeração no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, Belo foi solto nesta quinta-feira (18) e espera retomar o seu trabalho enquanto responde às acusações em liberdade. Uma das apresentações do cantor está agendada para 20 de março em uma famosa casa de show de São Paulo; os ingressos custam até R$ 1,9 mil.

Mesmo após a prisão do artista, o espetáculo Belo Todas as Tribos continuou sendo vendido e permaneceu confirmado no site do Espaço das Américas, local onde o evento será realizado.

Além do pagodeiro, nomes como Fábio Jr., Zezé Di Camargo & Luciano, Daniel com Roupa Nova, e Wesley Safadão têm apresentações marcadas entre março e abril nesse mesmo lugar.

A casa de shows está funcionando com autorização da Prefeitura de São Paulo e com os protocolos determinados pelos órgãos públicos, como uso obrigatório de máscara, distanciamento, compartilhamento de mesa permitido apenas "por pessoas do mesmo núcleo familiar ou convívio social" e medição de temperatura.

Atualmente, o Plano São Paulo está na fase amarela, o que obriga estabelecimentos como casas de espetáculos a limitarem a ocupação de ambientes fechados a 40% da capacidade máxima, além da permissão de funcionamento até às 22h.

Os ingressos mais baratos para o show do Belo no Espaço das Américas custam R$ 100 (inteira) e já estão esgotados. Há outros setores com opções que variam de R$ 140 por pessoa ou R$ 1,9 mil por um camarote fechado para seis clientes.

Veja abaixo posts sobre o show de Belo em São Paulo:

Por que Belo foi preso?

Belo deixou a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (18), após permanecer preso durante menos de 24 horas.

Durante esta madrugada, o desembargador Milton Fernandes de Souza mandou expedir um alvará de soltura por entender que o fato de o artista responder em liberdade não terá influência no caso.

Belo, os produtores Célio Caetano e Henriques Marques, e o traficante Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, respondem por infração de medida sanitária, crime de epidemia, invasão de prédio público e associação criminosa.

A polícia alegou que o pagodeiro e sua equipe violaram um decreto municipal que proíbe aglomerações no Carnaval devido à pandemia do coronavírus. Como o evento do último fim de semana foi realizado no interior de uma Escola Municipal do Parque União, a polícia também investiga uma suposta invasão ao colégio.

Além disso, a apresentação ocorreu em uma área dominada pelo tráfico. A polícia apura se o evento teria relação com a organização criminosa por precisar de autorização de uma facção para acontecer. Belo explicou que foi contratado para fazer o show e não teve contato com pessoas do crime organizado.

"Até agora eu não entendi o que eu fiz para estar passando por essa situação. Quero saber qual o crime que eu cometi. Subi no palco e cantei. Minha empresa recebeu o dinheiro. CNPJ com CNPJ. Se eu não posso cantar para o público, a minha vida acabou", alegou o cantor.


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