CONTINUA NO CONFINAMENTO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Alvo de inquérito que apura declarações de intolerância religiosa, Paula não sairá do BBB19 para prestar depoimento
VINÍCIUS ANDRADE
Publicado em 14/3/2019 - 11h59
A Globo negou proteção a Paula von Sperling no inquérito que apura declarações de intolerância religiosa da participante no BBB19. De acordo com a emissora, a decisão de ouvir a mineira só depois de que ela fosse eliminada do confinamento, ou quando o reality show chegasse ao fim, partiu da própria Polícia Civil do Rio de Janeiro.
"Não houve acordo [com a Polícia Civil]. A TV Globo sempre colabora com as autoridades, que têm a decisão final sobre como realizar as diligências referentes aos participantes. A emissora se reserva o direito de decidir pela exclusão do participante, caso por razões legais seja necessária sua saída da casa do BBB, como permite o regulamento do programa", diz a Globo em nota enviada ao Notícias da TV.
De acordo com o delegado do caso, Gilbert Stivanello, a decisão foi tomada para não prejudicar Rodrigo França, suposta vítima das declarações de Paula. O inquérito só prossegue se o dramaturgo disser que se sentiu ofendido pela mineira.
"Imagina tirar a vítima [Rodrigo] do programa para saber se ele quer representar contra Paula? Ele, que acabaria expulso da disputa, seria vítima duas vezes. Preciso saber da Paula qual foi a intenção dela quando proferiu as falas. Ela terá que depor assim que sair do programa. Acordei com a emissora que, na medida em que forem saindo, ela e Rodrigo devem ser intimados", explicou o titular da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) ao jornal Extra.
Assista ao vídeo em que Paula diz ter medo de colocar Rodrigo no paredão "porque ele mexe com esses treco, de Oxum deles lá":
Paula diz q tem medo de indicar Rodrigo pq ele falou de Oxuns. Hari diz q é melhor nao falar isso pq podem "implicar" chamando de preconceituosa. Ela diz q nao é. Hari diz q tb comentou isso ontem. Paula diz q se teve viram q nao funcionou pq "nosso Deus é maior". #BBB19#RedeBBBpic.twitter.com/qBKJSVls6r
— Peter 🐙🍃🌿🌱 (@PeterMr) 6 de fevereiro de 2019
Expulso do BBB19 em janeiro para prestar depoimento em inquéritos que apuravam denúncias de estupro, lesão corporal e importunação ofensiva ao pudor, Vanderson Brito se disse "injustiçado" após a decisão de fazer Paula depor só depois de deixar o confinamento.
"Sou contra qualquer tipo de seletividade, principalmente porque fui injustiçado dentro do BBB. Hoje li a confirmação de que a sister confinada Paula será intimada a depor na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) após deixar a casa do Big Brother", escreveu o acreano em seu Instagram na quarta (13).
"Paula está sendo acusada de racismo e intolerância religiosa por causa das suas declarações no programa. Segundo a Polícia, as 'investigações estão em andamento'. Isso só depois de ser eliminada ou se sagrar campeã do game que vai acontecer nas vias de fato. A regra não deveria valer para todos? Existe proteção?", questionou Vanderson, que publicou uma sequência de vídeos na sua rede social.
Os casos policiais do biólogo são investigados pela Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Rio Branco, no Acre, que já arquivou o inquérito que apurava uma denúncia de estupro contra ele. Os casos de lesão corporal e importunação ofensiva ainda são investigados, mas não há processos abertos contra Vanderson. Assista ao vídeos publicados pelo acreano:
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