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AGOSTO DOURADO

Mãe de três, Sabrina Petraglia amamenta dois filhos ao mesmo tempo: 'Difícil'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Sabrina Petraglia com os filhos em foto compartilhada nas redes sociais

Sabrina Petraglia é mãe de três: Gael, de três anos, Maya, de um ano; e Léo, de quatro meses

IGRAÍNNE MARQUES

Publicado em 31/8/2022 - 6h25

Sabrina Petraglia abriu o jogo sobre maternidade e revelou que amamenta dois dos seus três filhos aos mesmo tempo. A atriz é mãe de Gael, de três anos, o único que já desmamou, e Maya e Léo, que têm um ano e quatro meses, respectivamente. Em conversa com o Notícias da TV sobre o Agosto Dourado, mês que discute o aleitamento, a artista admitiu a dificuldade no processo. 

"A amamentação foi muito difícil por aqui. Gael foi um bebê prematuro, foi para a UTI, e eu demorei mais ou menos dez dias para conseguir fazer com que ele mamasse no meu peito. Então a amamentação para mim começou de uma forma mecânica, tirando leite com uma bomba para dar para o meu filho na sonda na UTI. Foi superdifícil", conta Sabrina.

A atriz explicou que, de todos os três filhos, foi com Gael que sofreu mais. Não apenas porque era tudo novo e porque o menino chegou antes da hora, mas também porque com Maya e Léo ela já sabia o caminho das pedras.

"Eu tinha um problema de volume [com Gael], porque eu acho que o estresse foi tanto que o meu leite não descia, o meu leite não era suficiente, então eu passava com o Gael o dia inteiro no peito", explica, acrescentando que, no início, ela não queria complementar com fórmula, embora tenha mudado de ideia depois.

O leite desceu quando eu comecei a ficar mais tranquila. Gael mamou um ano e três meses. Ele parou mesmo quando eu engravidei da Maya, o sabor do leite mudou, e ele naturalmente não quis mais, foi parando de mamar. Já da Maya, a amamentação foi bem mais tranquila, eu já estava um pouco calejada.

Sabrina também explica que não teve outros problemas além da quantidade de leite. Não sofreu com mastite, por exemplo, que é uma inflamação na glândula mamária comum nos três primeiros meses de vida do bebê.

"Eu tive mais volume com a Maya. E a amamentação segue até hoje. Ela tem um ano e oito meses e mama. Ela mamou durante toda a minha gestação do Léo, e hoje ela divide o meu peito com o Léo, que é o meu pequenininho de quatro meses", revela.

Amamentação x parto

Sabrina abre o jogo também em relação a como se sente quando pensa nos partos. Para a atriz, que é casada com Ramón Velázquez, existe uma falta de preparação da gestante quando o assunto é amamentação, porque muita da expectativa gira em torno do nascimento.

[A amamentação] não foi como eu esperava, eu imaginava uma coisa superfácil e natural, eu não me preparei para essa fase da amamentação. É importante, claro, se preparar para o parto, mas a amamentação é ainda mais, porque o parto é um dia, pode ser que seja mais de um dia, mas a amamentação é um período longo.

"Tem um caminhar para a amamentação acontecer e fluir. Eu não estava esperando, fui pega de surpresa. E foi duro. Mas assim como a maternidade é contraditória, a amamentação também é. É difícil, mas é muito prazeroso", avalia.

Ela destaca ainda que uma rede de apoio é essencial para os momentos de crise. Em tom sincero, Sabrina assegura que, se não tivesse ouvido palavras de incentivo, teria desistido. Por isso a importância de discutir o assunto no mês do Agosto Dourado, reforça a atriz.

Se o Ramón tivesse falado: 'Meu deus, ele [Gael] está com fome, vamos dar fórmula, vamos colocar mamadeira', eu acho que eu teria na hora parado de amamentar, se eu não tivesse insistido tanto em tirar leite, em dar o peito. A amamentação para mim foi muito importante e aconteceu graças à minha persistência, porque não foi fácil, principalmente com o Gael.

Depressão pós-parto

Sabrina conta que a própria mãe chegou a ter um quadro de depressão pós-parto que nunca foi diagnosticado. Por ter esse histórico na família e ainda conhecer mulheres que sofreram com o baby blues, tentou se preparar para a onda de hormônios do puerpério.

"Como eu me informei muito sobre isso, quando aconteceu comigo eu silenciava e me percebia o tempo todo, eu pedia ajuda. E tinha uma rede de apoio, meu pai, minha sogra, meu marido, a doula, minha obstetra, a pediatra, então tinha as pessoas que me ajudaram nesse começo. O do Gael foi muito tenso, pela condição que ele nasceu", revela.

Gael nasceu, e eu não sabia do que eu era capaz, eu não sabia que eu era capaz de cuidar de um ser humano, aquela criança nos meus braços que dependia totalmente de mim. Foi desesperador. [...] Já com o Leo foi mais normal, foi mais tranquilo, porque eu já tinha passado por essa experiência com o Gael, com o nascimento da Maya, então eu já estava mais forte. E já estava mais experiente, reflete.

Ainda assim, Sabrina descarta que tenha tido efetivamente uma depressão pós-parto. No começo foi difícil, mas o puerpério passou a ser uma onda pela qual ela precisava passar. 

"Foi, claro, um período de altos e baixos, me pegava chorando no desespero e daqui a pouco rindo à toa, em estado de êxtase, em estado de graça, uma montanha russa. Mas quando você tem consciência do que está acontecendo, você respira e se deixa atravessar por tudo isso, e não esburaca, entende que isso vai passar e é só navegar nesses sentimentos mil", conta.

Autoestima

Por conta das três gestações tão próximas uma da outra, Sabrina admite que, por enquanto, ainda tem dificuldade de se olhar no espelho ao ponto de ser carinhosa com o próprio corpo. Mas o exercício de fazer isso é constante.

Foi duro, porque o corpo fica bagunçado. O seu centro de gravidade perde a força, o tônus, parece que seus órgãos ficam se movimentando e soltos dentro de vc, então fica um corpo bagunçado e ainda deformado. É difícil entender que esse corpo nunca mais vai ser o que era.

"Não é fácil, não. Minha autoestima não foi das melhores. Mas eu procurei ser generosa e carinhosa comigo mesma. Entendendo essa potência do gestar, e eu gestei três vidas, então tem que ter um carinho, um cuidado e uma calma, uma paciência com meu corpo. Eu faço esse exercício dessa aceitação com meu corpo todos os dias", revela.

A respeito dos procedimentos estéticos, Sabrina não descarta a ideia, mas admite não pensar no assunto por enquanto, justamente porque está amamentando. Para realizar um tratamento de verdade, teria de deixar o aleitamento de lado.

Essa pressão estética existe, é cruel. A gente demora nove meses para gerar uma vida dentro da gente. Que nem agora, eu estou com quatro meses após nascimento do Léo, então tem que ter muita calma, porque o corpo volta aos poucos e não volta totalmente, se modifica.

"Eu estou fugindo dos procedimentos, até porque eu amamento, e eu não vou fazer nenhuma loucura, porque amamentação é prioridade pra mim. Então eu não sei. Eu não falo que nunca vou fazer os procedimentos estéticos, mas eu vou tomar meu tempo nesse corpo que precisa voltar ainda, que precisa se entender como é agora. Não digo que nunca vou fazer, mas não foco nos procedimentos. Estou focando no bem-estar. E no bem-estar também dessa mãe que amamenta", finaliza.


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