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ANÁLISE

Linda, educada e disponível: Por que Maria Isis é a 'amante perfeita' em Império?

ALEX CARVALHO/TV GLOBO

Marina Ruy Barbosa em foto de divulgação de Império: caracterizada como Maria Isis, atriz está em close com maquiagem e um adorno de flores na cabeça

Maria Isis (Marina Ruy Barbosa) em foto de Império: personagem cai nas graças do público

Sempre disponível para as manhãs de sexo com José Alfredo (Alexandre Nero), Maria Isis (Marina Ruy Barbosa) pode ser considerada a "amante perfeita" em Império. Linda, educada e devota, a ruiva ganhou o coração do protagonista com sua aparência, mas também seduziu o público com uma reviravolta na novela das nove reprisada pela Globo. 

Diferentemente de como as amantes costumam ser retratadas nos folhetins, a a ninfeta de Aguinaldo Silva viu sua história passar longe das trajetórias de suas antecessoras. O espectador passou a torcer pelo romance da garota com o marido de Maria Marta (Lilia Cabral).

Em entrevista ao Notícias da TV, a doutora e mestre em Ciências da Comunicação Ligia Prezia Lemos explica o que motivou o público a se afeiçoar pela figura de Maria Isis e a perdoá-la por ser a "outra":

A Maria Isis entra como uma amante perfeita, linda, sedutora... Ela é apaixonada, amorosa. Ela conhece o seu lugar, essa é a definição da amante perfeita. É a mulher que conhece o seu lugar, está lá para o sexo e não passa disso.

Apesar de inicialmente ter esse apelo, o novelista Aguinaldo Silva também pensou em uma maneira de romantizar a relação dos dois personagens para que a história pudesse ser comprada pelo público.

"O adultério nas novelas não é tão complicado assim. Desde o começo quis deixar claro que a Maria Isis era apaixonada pelo homem. Para ressaltar isso, eu fiz a família dela ser aproveitadora. Ela não permite que eles explorem [o protagonista]", explicou o autor, em uma live feita em seu Instagram em abril.

Rivalidade... 

O tom vilanesco de Maria Marta também ajudou a deixar a ninfeta de bem com o público. A ricaça foge do estereótipo de mulher perfeita ao bater boca com José Alfredo constantemente e não se coloca em uma posição de inferioridade perante o poder do empresário.

Mas, na primeira cena dos amantes, a jovem ruiva já é vista no papel de submissa. A moça sugere lavar os pés do amado após o protagonista ter um dia cheio por comandar uma família disfuncional e um poderoso império.

"A mulher, quando não é submissa e não tem esse papel que é esperado dela, é vista como vilã. Portanto, a amante que está entrando num espaço socialmente sagrado das mulheres, deixa de ser vilã e passa a ser mocinha", explica Lígia, sobre a popularidade da personagem de Marina Ruy Barbosa. 

...e empoderamento

O sucesso da filha de Severo (Tato Gabus Mendes) também foi coroado com o destino que a moça teve. A lolita entendeu que não poderia viver para sempre às custas dos agrados de José Alfredo e foi procurar um emprego.

A personagem se tornou recepcionista do restaurante de Enrico (Joaquim Lopez), e o público se afeiçoou ainda mais por ela. É o que explica Lígia: 

A novela tem essa questão também. Uma mulher que está sendo submissa e, queira ou não, subjugada por um homem... Quando ela se liberta, a audiência feminina da atualidade se identifica imediatamente e a apoia 

E o que diz Marina?

Em entrevista ao Notícias da TV, a atriz disse que espera que o público tenha um novo olhar ao acompanhar o relacionamento conturbado de Maria Isis e José Alfredo na reprise da novela das nove. 

"Estou curiosa para ver como será a repercussão e que tipo de discussão vem [por aí] depois de seis anos. Da mesma forma como a vida, a nossa visão de mundo também mudou", avaliou a jovem. 


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