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DE BRITNEY A MILEY

Amanda Bynes sai pelada pela rua; por que atores mirins explodem sob pressão?

Reprodução/Dreamworks

Com peruca masculina e terno, Amanda Bynes segura uma bola de futebol e tem expressão de choque no filme Ela É o Cara (2006)

Amanda Bynes em cena do sucesso Ela É o Cara, que protagonizou em 2006; atriz largou carreira

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 22/3/2023 - 6h35

Uma das principais estrelas teen dos anos 2000, Amanda Bynes foi internada após ser encontrada vagando nua pelas ruas de Los Angeles na segunda-feira (20). A atriz de Tudo que uma Garota Quer (2003) e Ela É o Cara (2006) é apenas o caso mais recente de artistas que fizeram sucesso ainda jovens, mas acabaram explodindo sob a pressão da fama.

Britney Spears, que entrou para O Clube do Mickey aos 11 anos, chegou a raspar a cabeça e atacar paparazzi com um guarda-chuva no auge de seus problemas de saúde mental. Já Miley Cyrus decidiu simular masturbação com uma mão de espuma ao vivo no VMA 2013 para se libertar da imagem certinha de Hannah Montana, personagem que viveu no seriado homônimo (2006-2011).

E não são apenas as atrizes mirins que sofrem pelo excesso de holofotes. Macaulay Culkin teve uma briga pública com os próprios pais pelo controle de sua fortuna e acabou preso por porte de drogas. Já Orlando Brown, o Eddie de As Visões da Raven (2003-2007), foi flagrado vagando descalço e sem rumo pelas ruas de Los Angeles após ter sido expulso de casa por um amigo.

Drew Barrymore, Haley Joel Osment, Lindsay Lohan, Jodie Sweetin, Tatum O'Neal, Corey Feldman... A lista é longa demais para que todos os nomes sejam citados. Mas por que tantos astros que conhecem a fama logo cedo enfrentam problemas de saúde mental?

"Acho que tem muito a ver com sua experiência pessoal, e eu dou todos os créditos aos meus pais por terem mantido meus pés no chão. Mas é muito fácil atacar a pessoa que está exposta, que tem todos os holofotes nela, né?", aponta a atriz Fernanda Concon, a Alícia Guzman de Carrossel (2012). "Como no caso da Britney, que foi tão atacada durante todos os anos 2000, sendo que ninguém sabia o que estava acontecendo com ela."

divulgação/luiz felipe rebelato

Fernanda (à dir.) com Klara Castanho e Maisa

Fernanda lançou, no último dia 8, o podcast Sem Nome Pode, que ela apresenta ao lado de Klara Castanho. Logo no primeiro episódio, as duas receberam Maisa Silva. As três --amigas íntimas na vida real-- falaram sobre um assunto que conhecem bem e que tem tudo a ver com os surtos de outros artistas: como é crescer na frente das câmeras.

"Tem uma questão pessoal, da sanidade mental de cada um, da base familiar, do contexto da criação. Vim de uma família muito sólida, com estabilidade financeira e, mais do que isso, estabilidade mental e emocional. Meus pais nunca tiveram grandes questões. E ainda assim eu tive momentos de não aguentar mais a pressão, porque a exposição pode ser muito cruel, principalmente com crianças tão novas", aponta a artista, que hoje tem 20 anos e cursa Relações Internacionais em Coimbra (Portugal).

Fico muito feliz por ser uma pessoa sem grandes questões de saúde mental, não tenho depressão. Tenho ansiedade, mas é uma coisa bem controlada, faço terapia, acompanhamento psicológico. Nunca tive nada mais grave, mas sei que é uma experiência privilegiada nesse lugar de atriz jovem que foi muito exposta. Porque a gente sabe que o sistema pode ser cruel com quem trabalha nessa idade.

Para a atriz e influenciadora, a saúde mental não deveria ser uma preocupação apenas de quem está em evidência ou recebe os holofotes da fama. "É óbvio que a gente tem mais acesso às pessoas que estão na mídia, que têm cada passo seu documentado. A gente sabe que a sociedade é cruel, que a mídia é muitas vezes desonesta com o artista. Você fala 'A' e na manchete sai 'B'. Mas eu acho que é uma questão muito mais sistêmica. A adolescência é uma fase tão difícil para todo mundo, até para quem não está na TV. Por isso acho importantíssimo fazer terapia, buscar tratamento", finaliza Fernanda.


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