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LUCIANO HANG

Jornal Nacional responde dono da Havan após pedido de esclarecimento

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Montagem de fotos com o âncora Flávio Fachel, no Jornal Nacional, e o empresário Luciano Hang em vídeo na web

Flávio Fachel disse que Luciano Hang pediu esclarecimento sobre reportagem exibida no Jornal Nacional

VINÍCIUS ANDRADE

Publicado em 27/6/2020 - 22h06

O Jornal Nacional deste sábado (27) informou que Luciano Hang, dono das lojas Havan, pediu um esclarecimento sobre uma reportagem exibida pelo telejornal em 8 de junho. Na ocasião, o principal noticioso da Globo disse que teria partido do empresário a sugestão para o Ministério da Saúde "maquiar" os dados sobre a Covid-19 no Brasil.

O âncora Flávio Fachel até leu uma nota com o posicionamento de Hang, mas o JN não deixou de contrariar o apoiador do presidente Jair Bolsonaro ao dizer que a metodologia defendida por ele foi proibida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). 

"O Jornal Nacional recebeu do empresário Luciano Hang um pedido de esclarecimento sobre nossa reportagem de 8 de junho sobre a mudança de metodologia que o Ministério da Saúde tentou fazer na divulgação do número de doentes e mortos pela Covid-19", avisou o âncora Flávio Fachel na edição deste sábado (27).

"Hang esclarece que a sua intenção no vídeo, que divulgou nas redes sociais e foi apresentado na reportagem, não foi propor que os números fossem maquiados. Ele diz que apenas defendeu a metodologia que considera mais correta e que coincidia com a que o Ministério da Saúde chegou a adotar antes de ser obrigado a voltar atrás por decisão do STF", leu o jornalista.

Em 8 de junho, o Jornal Nacional exibiu uma reportagem de Vladimir Netto sobre o desejo do Ministério de Saúde de alterar o critério para a divulgação dos números da Covid-19. Na ocasião, o governo federal começou a atrasar os dados, e Bolsonaro chegou a provocar a Globo ao dizer que havia "acabado a matéria no Jornal Nacional".

A ideia do presidente era publicar somente os óbitos que ocorreram especificamente nas últimas 24 horas. As mortes por Covid-19 ocorridas em dias anteriores, mas confirmadas nas últimas 24 horas, ficariam de fora da conta. Luciano Hang defendeu a medida, questionada por especialistas de saúde e barrada pelo STF.

O conteúdo sobre o empresário na reportagem exibida no Jornal Nacional dizia o seguinte: "O jornal Valor Econômico mostrou que a sugestão para a maquiagem dos dados partiu do empresário Luciano Hang, amigo do presidente Jair Bolsonaro e investigado na operação contra fake news em inquérito que apura ofensas e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal".

"Luciano Hang, que não é médico, nem tem experiência em gestão de saúde pública, colocou em dúvida as informações do próprio Ministério da Saúde sobre as mortes causadas pelo coronavírus. Servidores disseram que o vídeo em que Hang fala sobre as mortes foi repassado pela cúpula do Ministério da Saúde para eles no fim de semana", informou o repórter em 8 de junho.

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