ESTREIA ANTECIPADA
Reprodução/TV Globo
Tadeu Schmidt na edição de estreia do BBB 24, em 8 de janeiro; maior acerto da Globo neste ano
O BBB 24 apresentou uma série de mudanças para exorcizar as duas últimas edições e trazer novo fôlego para o reality. Algumas deram muito errado, como a estratégia antiplanta de votar para salvar (em vez de eliminar) e até a escalação do próprio elenco, que parece não saber como fugir da narrativa de perseguição a Davi Brito. Mas a Globo acertou em cheio ao estrear a temporada antes do que havia feito em anos anteriores.
Tadeu Schmidt entrou em cena em 8 de janeiro, quando o público ainda estava se recuperando do período de festas e voltando à rotina após o recesso do fim de ano. Para comparação, o BBB 22 e o BBB 23 haviam estreado uma semana depois, na terceira segunda-feira do ano. E a edição de 2021, que apresentou ao mundo o fenômeno Juliette Freire, só começou em 25 de janeiro.
Nessa lógica, o Big Brother Brasil teria mais chances de fazer sucesso no fim do mês, correto? Errado! Ao apostar no reality logo no início do ano, a Globo deu ao BBB 24 sua melhor vitrine possível. O programa foi embalado pelas duas últimas semanas de Terra e Paixão, quando a novela conseguia superar os 30 pontos na Grande São Paulo em todos os dias úteis.
Assim, a atração de confinamento teve mais tempo para prender seu público até o início de Renascer, quando a audiência sofreu uma queda --que ocorre naturalmente em toda transição de folhetim. A história de José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira), de fato, ainda não repete os números de sua antecessora, mas já mostrou que tem potencial para o sucesso.
Os índices do BBB 24, no entanto, caíram muito menos do que os de Renascer. A Globo viu a média semanal da novela das nove diminuir dos 30 pontos na Grande São Paulo no final de Terra e Paixão para 25,7 da saga cacaueira. Já o reality foi de 20,8 na semana de 15 a 21 de janeiro --quando ia ao ar depois da trajetória de Aline (Barbara Reis)-- para 19,1 pontos após a história situada em Ilhéus (BA). Ou seja: ocorreu uma fidelização do público.
Se tivesse estreado uma semana depois, como ocorreu nos últimos dois anos, o BBB teria apenas cinco dias para surfar no ibope de Walcyr Carrasco e tentar cativar o telespectador. E se o reality repetisse 2021 e começasse apenas no fim de janeiro, seria ainda pior: o BBB pegaria os índices de transição (mais baixos) de Renascer e dificilmente prenderia o brasileiro na frente da TV.
O curioso é que, na história do Big Brother Brasil, ele já havia estreado em 8 de janeiro em outras duas temporadas: a de 2008 e a de 2013. Nenhuma delas foi particularmente memorável. A primeira foi vencida pelo músico Rafinha Ribeiro, enquanto Fernanda Keulla levou a segunda.
De maneira geral, a Globo muda bastante a estreia do reality no calendário. Os dias 8 e 10 de janeiro são os mais populares, com três temporadas cada. Depois, vêm 13 e 14 de janeiro, com duas edições para cada data.
O primeiro BBB foi o que começou mais tarde, em 29 de janeiro --faz-se aí uma exceção ao BBB 2, que começou em 14 de maio de 2022, apenas um mês e meio após Kleber Bambam ter se sagrado o primeiro campeão do formato.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas