RITMO DE NATAL
RAFAELA CASSIANO/TV GLOBO
Clara Moneke e Taís Araujo são mocinha e vilã do filme Ritmo de Natal, que será especial da Globo
Protagonista de várias produções na Globo desde Da Cor do Pecado (2004), Taís Araujo foi convencida a atuar no filme Ritmo de Natal justamente por não ser dela o papel principal. Aos 45 anos, a atriz se sentiu passando o bastão para Clara Moneke, a heroína do primeiro longa-metragem do Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo. Após o sucesso de Vai na Fé, a jovem atriz foi convidada para estrelar o projeto, que estreou no Globoplay nesta quinta-feira (30). Ela duelará com Taís, que assumiu a vilã da história.
"Esse filme é um passo, e isso tem muito valor. Foi daí que eu falei: 'Realmente, eu tenho que estar nesse filme'. Eu acho muito simbólico porque durante muito tempo eu era a protagonista de tudo. É muito lindo eu não ser a protagonista, eu estar no filme, e a protagonista ser uma outra menina negra, retinta, de outra geração, de 20 e poucos anos. Fiquei emocionada quando recebi o convite dessa forma", disse Taís Araujo ao Notícias da TV.
A atriz assegura ainda que Clara, aos 24 anos, é muito mais evoluída do que ela era na idade da Kate de Vai na Fé. Apesar de ter uma carreira sólida há muitos anos, Taís aprendeu muito com a nova colega de set.
"Fico impressionada com a maneira como ela fala, a segurança dela... Eu não tenho nem 10% da segurança da Clara. Se eu começo a falar aqui, eu começo a chorar. E aí fica eu, ridícula, chorando, e ela muito plena. Eu falo, realmente, que nós evoluímos", elogiou.
A ideia de juntar Taís e Clara foi do diretor artístico Allan Fiterman, que se encantou com o trabalho da novata em Vai na Fé, mas precisava de um rosto mais conhecido para ser a antagonista da obra --que também será exibida na TV aberta no dia 18, como um especial de fim de ano. Na história, Inês (Taís) é uma pianista clássica que será contra o relacionamento do filho, o violinista Dante (Isacque Lopes), com a funkeira Mileny (Clara).
"Realmente, a diversidade está acontecendo na televisão, no cinema, na Globo. Vocês estão vendo no ar, as coisas estão mudando, estão acontecendo. Temos protagonismo negro em todos os horários da grade. A gente vê dentro da tela e fora da tela. E é muito importante a gente se reconhecer no Brasil. E ver duas gerações lindas, de mulheres talentosas como elas são, e atuando juntas, é um presente para o público brasileiro", afirmou ele.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.